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Três jornalistas de rádio são alvos de ameaças de morte na Colômbia

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  • 15 janeiro, 2014

Por Lynn Romero

Três jornalistas de rádio em Guaviare, Colômbia, receberam ameaças de morte pela cobertura de uma eleição que poderia destituir o governador do estado. Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Erika Londoño, Gustavo Chicangana e Jorge Ramírez receberam as intimidações por várias mensagens de texto que foram enviadas ao telefone de Londoño.

Os três jornalistas trabalham para Caracol Radio Guaviare, segundo a CPJ. O governador do estado, José Octaviano Rivera, condenou as ameaças; contudo, anteriormente havia criticado a estação de rádio por associá-lo com práticas anti-democráticas. Em um incidente prévio que ocorreu após uma investigação da Procuradoria Geral da Nação contra Rivera, a emissora de rádio e o governador apresentaram ações na justiça por difamação um contra o outro que ainda não foram julgadas.

A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) fez um chamado à Unidade Nacional de Proteção do Ministério Público para que dê proteção aos três jornalistas. A CPJ apontou que Londoño recebeu este tipo de proteção no ano passado após uma série de amenaças parecidas.

De acordo com a FLIP, "nestas circunstâncias, é necessário que as autoridades e os setores políticos que participam da disputa eleitoral manifestem seu rechaço às ameaças contra a imprensa no estado de Guaviare. Do contrário, existirá a hipótese de que movimentos políticos toleram as ameaças à imprensa, o que gera consequências negativas para que se apresente um sufrágio livre e informado".

A situação da imprensa na Colômbia piorou recentemente. Em 2013, várias ameaças foram reportadas e o jornalista Édison Alberto Molina foi assassinado por causas relacionadas ao seu trabalho.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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