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Assassinatos de jornalistas prescrevem e aumentam taxa de impunidade na Colômbia

A prescrição em casos de assassinatos de jornalistas na Colômbia está aumentando a impunidade desse tipo de crime em países da América do Sul, de acordo com Periodistas en Español (Jornalistas em espanhol).

Nos últimos 34 anos, 139 jornalistas foram mortos por seu trabalho na Colômbia e, desde 1977, apenas cinco autores intelectuais destes crimes foram julgados, de acordo com dados da Fundação pela Liberdade de Imprensa (FLIP) da Colômbia, destacados como parte do Dia internacional contra a impunidade. Quando se trata de ameaças contra jornalistas ou tentativas de assassinato, ninguém jamais foi condenado, observou a FLIP, segundo a Prensa Latina.

"A impunidade é o convite mais perverso para os criminosos repetirem seus crimes", segundo Periodistas en Español. "Se os crimes e agressões contra jornalistas e meios de comunicação não são punidos, e pelo contrário, continuam a aumentar, como pode o direito dos cidadãos à informação ser garantido?"

Dos assassinatos de jornalistas anteriores a 1991, 90% ainda não foram resolvidos - um problema, considerando que o prazo de prescrição para assassinatos na Colômbia é de 30 anos. Em dezembro de 2011, o prazo prescricional para 10 casos de jornalistas mortos irá expirar, destacou a FLIP, contribuindo para os altos níveis de impunidade - a Colômbia é o quinto país com a maior taxa de impunidade, de acordo com o Comitê de Proteção para Jornalistas.

Em dezembro de 2010, Colômbia ampliou o prazo prescricional, que passou de 20 para 30 anos, para crimes violentos, incluindo assassinatos de jornalistas e defensores de direitos humanos.

De acordo com a Sociedade Interamericana de Imprensa, entre os casos para os quais o prazo prescricional expira este ano estão os assassinatos dos jornalistas Julio Daniel ChaparroJorge Torres Navas, Carlos Julio Rodríguez, José Libardo Meléndez e Arsenio Hoyos.

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