O único escritório que existe em Honduras para investigar a violência contra jornalistas e proteger este setor vulnerável é a FEPRODDHH. Mas há apenas cinco promotores — todos concentrados em Tegucigalpa — sem investigadores designados e sem competência legal para investigar casos de homicídio.
O movimento para dar mais enfoque e ampliar a visibilidade das questões LGBTI+ é importante, mas são necessários cuidados para não reproduzir desinformação ou estigmatizar grupos que foram historicamente vulnerabilizados e silenciados. Camilla Figueiredo, cofundadora da organização independente e sem fins lucrativos Agência Diadorim, no Brasil, fala sobre as melhores práticas na produção de conteúdos e na busca por fontes especializadas sobre a temática.
O movimento social criado em 2015 a partir de um caso de feminicídio que chocou a Argentina causou mudanças profundas também no jornalismo no país: foram criadas “editorias de gênero” em vários meios jornalísticos e a abordagem de temas relacionados a diversidade, equidade e inclusão se fortaleceu.
As emendas aprovadas este mês pela Assembleia Nacional cubana, que impedem o financiamento estrangeiro e preveem prisão por calúnia a funcionários públicos, fornecem ao regime cubano ferramentas legais para justificar seus ataques à cobertura jornalística independente.
“É um atentado à liberdade de expressão e de informação”, diz jornalista Rubens Valente, condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal a indenizar ministro Gilmar Mendes pela publicação do livro “Operação Banqueiro”.
Em 9 de fevereiro, Dia dos Jornalistas na Colômbia, a Federação dos Jornalistas Colombianos (Fecolper) publicou um relatório intitulado "Desamparo", que adverte que a deterioração das condições de trabalho da imprensa pode piorar em 2022, ano de eleições no país.
Em 2018, a Associação de Jornalistas de El Salvador apresentou um projeto de lei para a proteção de jornalistas. Depois de quase três anos, o esforço foi interrompido. A iniciativa foi arquivada quando o partido no poder Nuevas Ideas assumiu o controle da Assembleia Legislativa. As partes que retomaram a discussão no último minuto se responsabilizam entre si pela falta de aprovação.
As organizações noticiosas mexicanas estão tentando encontrar um equilíbrio em sua cobertura de conflitos internacionais, como a invasão russa da Ucrânia, enquanto os cidadãos pressionam por uma cobertura contínua da violência em seu país.
Pesquisa realizada pela Gênero e Número em parceria com a Repórteres sem Fronteiras (RSF) apresenta dados, depoimentos e entrevistas em profundidade sobre os impactos e efeitos da desinformação e da violência online no dia a dia de jornalistas mulheres e LGBT+. “Essa prática de violência é tão bem sucedida que resulta até mesmo na intimidação das profissionais que não sofreram diretamente o ataque, mas que por medo de sofrer já mudam seu comportamento”, disse Bia Barbosa, da RSF.
Por Luis Ángel Sas* Este é o terceiro artigo de uma série sobre mecanismos de proteção para jornalistas na América Latina.** Em 8 de março de 2022, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, apresentou um relatório sobre a Guatemala que alertava para um clima de agressão e hostilidade contra […]