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Evo Morales alega agenda cheia e rejeita reunião com a SIP sobre Lei Antirracismo

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  • 19 outubro, 2010

Por Maira Magro

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que não poderá se reunir com a delegação da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) que chegou ao país na segunda-feira, 18 de outubro, para discutir questões polêmicas da recém-aprovada Lei Antirracismo, informou o jornal La Prensa. Em uma coletiva, Morales justificou que está com uma agenda cheia e terá que viajar ao Peru para um encontro com o presidente Alan García, diz o site Prensa Latina.

Segundo o Prensa Libre, os representantes da SIP lamentaram que outras autoridades do governo também se recusaram a recebê-los. O objetivo da missão é discutir as denúncias de que dois artigos da Lei Antirracismo ameaçam a liberdade de expressão, ao prever o fechamento dos meios de comunicação e penas de prisão para jornalistas que divulgarem ideias consideradas racistas ou discriminatórias.

Morales insistiu que a liberdade de imprensa é respeitada na Bolívia, relata o jornal Los Tiempos, e afirmou que representantes da SIP teriam saído envergonhados de uma reunião, em maio de 2009, ao serem informados sobre o comportamento de alguns meios de comunicação durante conflitos na cidade de Sucre, em maio de 2008, quando camponeses indígenas foram humilhados e agredidos.

Jornalistas bolivianos reuniram até o momento mais de 267 mil assinaturas para um referendo de iniciativa popular pedindo a anulação de dois artigos da Lei Antirracismo, diz La Prensa.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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