Quatro pessoas atearam fogo a um jornalista boliviano enquanto ele apresentava seu programa de rádio , na noite de 29 de outubro, informou a EFE. O estado de saúde de Fernando Vidal, dono e diretor da rádio Popular de Yacuiba, é grave, acrescentou a agência.
Vidal, de 78 anos, é reconhecido por ser um duro crítico do governo local. O jornalista entrevistava duas mulheres, que denunciavam supostos casos de corrupção, quando os desconhecidos apareceram no estúdio, jogaram combustível no local e nos corpos de Vidal e de sua operadora e atearam fogo com explosivos, segundo o portal Yacuiba.com. Ouvintes do programa correram para a emissora e conseguiram salvar o jornalista e a operadora, acrescentou o portal.
O jornalista e a operadora estão internados em hospitais diferentes, mas ambos sofreram queimaduras em várias partes do corpo, de acordo com o La Razón.
A polícia prendeu três pessoas por tentativa de assassinato e destacou que eles têm antecedentes criminais, informou o portal Los Tiempos.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, condenou o ataque e advertiu que a ONU está preocupada com o número de jornalistas assassinados por conta de seu trabalho, segundo a EFE. De acordo com ele, os governos são responsáveis por respeitar “completamente o direito à liberdade de expressão e proteger os que exercem seu trabalho”, acrescentou a agência.
Diferentes organizações condenaram o ataque, de acordo com a emissora FM Bolivia. A ministra de Comunicação anunciou uma investigação para esclarecer os fatos, acrescentou a rádio.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
