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Jornalista colombiana que já foi vítima de sequestro e abuso sexual recebe nova ameaça

A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) e a organização Oxfam condenaram e exigiram a imediata investigação de uma nova ameaça recebida pela subeditora de Justiça do jornal colombiano El Tiempo, Jineth Bedoya Lima.

Desta vez, a ameaça chegou por uma fonte da jornalista, que recebeu de outras pessoas uma mensagem para Bedoya, diz o comunicado da Flip. "Diga a Jineth Bedoya que deixe de publicar e denunciar essas coisas porque ela sabe o que pode acontecer", foi a mensagem recebida pela fonte da jornalista.

Trata-se da sexta ameaça recebida por Bedoya desde 2011. A mensagem já foi repassada para a Procuradoria-Geral da União, acrescentou o comunicado. No entanto, a FLIP e a Oxfam afirmam que o órgão não está cumprindo um acordo feito com a jornalista de "concentrar a investigação em um só procurador". Isso estaria dispersando e, consequente, atrasando as investigações.

As organizações destacaram ainda que, em 2000, a Comissão Internacional de Direitos Humanos determinou que medidas cautelares fossem aplicadas, depois de a jornalista ser vítima de sequestro, tortura e abuso sexual.

Bedoya se tornou um símbolo da violência contra jornalistas. Ela foi uma das jornalistas latino-americanas que participaram da campanha Dia Mundial contra a Impunidade, da IFEX. No ano passado, a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, entregou a ela o Prêmio Internacional da Mulher com Coragem, segundo o portal de Radio Nederland.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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