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Jornalistas são ameaçados em Alagoas e sindicato cobra providências das autoridades

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas cobrou das autoridades providências contra as recentes ameaças sofridas por repórteres no estado, inclusive de deputados. "Têm sido frequentes esses ataques, sobretudo de parte daqueles que se sentem incomodados quando a sociedade toma conhecimento de seus atos - nem sempre nobres e condizentes com a representatividade de que estão revestidos", ressaltou, em nota.

Na semana passada, o deputado Cícero Ferro, acusado de homicídios, teria dito, em suposto tom de brincadeira, que "não iria sobrar um fio de cabelo na cabeça" da repórter Niviane Rodrigues, do jornal Gazeta de Alagoas, explicou o Repórter Alagoas. No mesmo dia, outros dois políticos, Temóteo Correia e João Beltrão, criticaram e fizeram acusações contra a jornalista, acrescentou o site. Correia disse, por exemplo, que a profissional "desvirtuou" fatos ao noticiar um debate ocorrido na Assembleia e que ela deveria "estudar mais um pouco".

Além disso, segundo o Cada Minuto, os jornalistas Ricardo Motta e Thiago Correia, do Sistema Pajuçara de Comunicação, também teriam sido ameaçados. Em seu blog, Motta disse estar sendo "filmado, acompanhado, monitorado – por um serviço informal de arapongagem, que trabalharia para uma determinada autoridade".

Já Correia estaria na mira de integrantes de uma quadrilha que aplicava o golpe do salário-maternidade, denunciado por ele, de acordo com o Alagoas Em Tempo Real.

Em seu Twitter, Niviane Rodrigues comentou as declarações dos deputados a seu respeito, acrescentando: "Nunca expressei, mas já fui chamada de venenosa, capciosa, maldosa, entre outros 'adjetivos'".

A Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas (OAB-AL) também repudiou as ameaças aos jornalistas e garantiu que ajudará o sindicato a cobrar das autoridades as medidas necessárias, noticiou o Alagoas 24 Horas

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