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No Fórum de Austin, especialistas debatem sobre mecanismos de proteção de jornalistas na Colômbia, no México e na Guatemala

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  • 22 Maio, 2012

Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, especialistas discutiram os mecanismos de proteção de jornalistas da Colômbia, no México e na Guatemala.

O moderador Ewald Scharfenberg, que é diretor do IPYS da Venezuela, disse não ter ficado surpreso com o convite para modera um debate sobre o tema, pois, na Venezuela, a proteção do Estado para repórteres é algo impensável.

Natalia Torres, uma das autoras de um relatório do Centro de Estudos de Liberdade de Expressão sobre proteção para jornalistas, disse que, embora Colômbia, México e Guatemala tenham avançado na criação de programas de proteção para jornalistas, a implementação de tais medidas é fraca nos três países. Particularmente na Guatemala, há um problema geral na falta de coordenação entre as agências governamentais nas investigações. Torres sugeria a criação de um banco de dados para ajudar nesse sentido.

Leonarda Reyes, fundadora e diretora do CEPET no México, disse que o país precisa aprender com outros da região, como a Colômbia, a melhorar a implementação de medidas para a proteção de jornalistas. Para ela, a criação do programa é parte mais simples. O desafio é colocar as medidas em prática e de forma eficiente.

“A Guatemala interrompeu o ciclo da impunidade, mostrou que os casos podem ser resolvidos", disse Martín Rodríguez Pellecer, diretor do jornal online Plaza Pública. Para Rodriguez, porém, apesar desse avanço, os jornalistas de áreas rurais da Guatemala ainda enfrentam muitos riscos. Segundo ele, é fundamental explicar ao público em geral a importância do trabalho dos jornalistas.

Andres Morales, diretor executivo da Fundação para a Liberdade de Imprensa, da Colômbia, disse que, hoje, o país oferece proteção a 67 jornalistas, mas que é preciso fazer ainda mais para evitar riscos e combater a impunidade. Segundo, é impossível oferecer segurança, como guarda-costas, a todos os repórteres do país. Para ele, o programa tem que ser menos reativo e mais preventivo.

A edição de 2012 do Fórum aborda o tema "Segurança e proteção para jornalistas, blogueiros e jornalistas cidadãos" e é organizada pelo Centro Knight e pelos programas para a América Latina e de mídias das Fundações Open Society. Mais do que uma conferência anual, o Fórum de Austin é uma rede de organizações voltada para o desenvolvimento da mídia na América Latina e no Caribe. Nas edições anteriores do evento, foram abordados temas como a cobertura da migração nas Américas e a cobertura do tráfico de drogas e do crime organizado na América Latina e no Caribe.

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