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Oposição acusa candidato chavista à presidência da Venezuela de usar mídia pública a seu favor

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  • 2 abril, 2013

Por Isabela Fraga

O candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, acusou Nicolás Maduro, o candidato governista, de usar a mídia pública para favorecer sua campanha política, noticiou nesta segunda-feira, 1 de abril, o site Informe21.

"O sistema de meios de comunicação públicos se converteu em um aparato de propaganda de um partido político", disse Capriles numa coletiva de imprensa, reportou a AFP. O candidato da oposição também pediu que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) cumpra as normas eleitorais e seja "imparcial" nos comícios. Segundo Capriles, Maduro apareceu mais de 46 horas na emissora pública Venezoelana de Televisión desde que assumiu o cargo de presidente interino após a morte de Chávez.

A duas semanas das eleições presidenciais da Venezuela, Maduro -- que representa o governo do ex-presidente Chávez -- está com uma vantagem de oito pontos sobre Capriles, segundo um estudo da empresa Datin Corp mencionado pela CNN en Español.

A organização Repórteres sem Fronteiras publicou nesta terça-feira, 2 de abril, uma carta aberta aos candidatos à presidência venezuelanos pedindo compromisso com o pluralismo e com a liberdade de expressão. "A eleição de 14 de abril não implica apenas uma escolha entre programas políticos diferentes. Ela também requer um debate público aprofundado com tempos de transmissão iguais para opiniões contrárias, que todo candidato deveria garantir. Está na hora de deixar a polarização para trás, com constantes insultos e difamações, que dominou o cenário midiático por tanto tempo", diz a carta.

A mídia durante o governo de Chávez foi marcada por uma acirrada disputa de versões. Durante as últimas campanhas eleitorais para as eleições presidenciais, que aconteceram em outubro de 2012, meios de comunicação privados e públicos também contavam versões diferentes de confrontos que envolviam os candidatos, o que deixou a polarização da mídia ainda mais evidente.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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