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Organização defensora da liberdade de imprensa exige ações para evitar prescrições em assassinatos de jornalistas na Colômbia

Diante da possiblidade de que os assassinatos de outros três jornalistas colombianos prescrevam este ano, a Assembleia da Fundação para a Liberdade de Imprensa, FLIP na sigla em espanhol, exigiu que a Procuradoria Geral da República tome todas as medidas necessárias para evitar esta situação, informou a organização em um comunicado.

Na legislação colombiana, a responsabilidade penal de um homicídio prescreve após 20 anos. Segudo números da FLIP, 62 assassinatos de jornalistas prescreveram, “o que signifca que 44,5% dos crimes mortais contra a imprensa na Colômbia terminaram impunes”, acrescentou o comunicado.

Dois assassinatos de jornalistas já prescreveram em 2013. Em março passado, a Procuradoria declarou o assassinato de Eustorgio Colmenares Baptista como crime contra a humanidade, o que o torna imprescritível. Este crime, junto com o de Guillermo Cano, são os únicos dois assassinatos de jornalistas declarados crimes contra a humanidade.

“A falta de justiça tem graves efeitos na liberdade de expressão e no livre exercício do jornalismo na Colômbia. Diante da falta de resultados judiciais, o único caminho que resta aos familiares e às organizações de imprensa é recorrer à justiça internacional”, finaliza o comunicado.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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