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RSF e Colégio de Jornalistas cobram providências contra agressões e detenções de profissionais no Chile

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Colégio de Jornalistas do Chile cobraram providências contra as agressões e detenções de jornalistas no exercício da profissão, informaram a EFE e o Nación.cl.

A RSF ressaltou os recentes ataques contra jornalistas durante manifestações no Chile - onde, desde maio, estudantes protestam contra a má qualidade da educação, como explicou a revista Veja.

"As detenções arbitrárias e as agressões contra jornalistas durante as manifestações eram raras até três semanas atrás. (...) No entanto, a primavera chilena corre o risco de ser encoberta, em particular para os jornalistas, expostos a abusos de policiais e à atitude beligerante dos manifestantes mais radicais", afirmou a RSF.

Entre outros casos, na quinta-feira 8 de setembro, Raúl Flores Castillo, diretor da revista digital chilena Dilemas, foi detido durante a cobertura de um protesto de estudantes em Santiago. Ele passou cerca de seis horas com a polícia e teve suas fotos apagadas. Três dias depois, uma equipe de um telejornal argentino foi agredida por encapuzados em uma passeata pelos 38 anos do golpe militar. O equipamento foi danificado.

O Colégio de Jornalistas reclamou já ter denunciado, "em reiteradas ocasiões", ataques aos profissionais de imprensa no último ano e meio. "Colegas estão suportando não apenas agressões verbais, mas também físicas e com grave destruição de seu material e de suas ferramentas de trabalho, em especial em situações de conflito social ou de manifestações públicas”, disse Marcelo Castillo, presidente da entidade. "A detenção de jornalistas simplesmente pelo ato de reportar constitui um atentado grave à liberdade de expressão, que denunciaremos nacional e internacionalmente enquanto essa situação não for corrigida", acrescentou.

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