A violência do narcotráfico no México causou não apenas a morte de mais de 28 mil pessoas em pouco mais de três anos e meio, mas também uma crise profunda da imprensa local, que tem revelado e acentuado as debilidades crônicas do jornalismo mexicano, admitiram os principais meios de comunicação do país.
Luis Valdez Villacorta, absolvido em fevereiro pelo assassinato do jornalista Alberto Rivera por falta de provas, foi libertado em Lima, onde ficou detido por 21 meses. Ele deverá aguardar outro julgamento em prisão domiciliar, informaram a EFE e La República.
O editor do jornal Correio de Notícias, Afonso Locks, foi perseguido e espancado na semana passada na cidade de Cerejeiras, ao sul de Rondônia, por pessoas vinculadas ao ex-prefeito José Eugênio Zigue de Souza, informou a Folha de Rondônia, da qual o jornalista também é correspondente.
O jornal El Comercio informou que Jorge Luis Marimón Lino Montes, candidato a vereador no distrito de Pueblo Libre, no Peru, agrediu brutalmente o jornalista Ángel Salazar em uma boate em Miraflores, distrito turístico de Lima. Ele depois anunciou que estava abandonando sua candidatura.
Martín López, repórter e apresentador do Canal 44 de Ciudad Juárez, passou a integrar o grupo de centenas de jornalistas que buscam refúgio na cidade vizinha de El Paso, nos Estados Unidos. Ele foi ameaçado de ter a cabeça cortada, em um grafite cujos autores seriam traficantes de drogas, informou El Diario.
Héctor Gordoa Márquez, um dos quatro jornalistas sequestrados no dia 26 de julho no estado de Durango, foi libertado nesta quinta-feira pelos sequestradores e chegou "são e salvo" à sede da Televisa, onde trabalha, informaram La Jornada e El Diario.
O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo de Alagoas, ameaçou o jornalista Hugo Marques, da revista IstoÉ, pela publicação de uma nota sobre o pedido de impugnação de sua candidatura, informou O Globo.
A jornalista Vânia Costa, do jornal "O Mato Grosso", da cidade de Várzea Grande, próxima a Cuiabá, denunciou que tem sido perseguida desde que começou a apurar indícios de desvio de verba no município de Sinop, afirmou a Folha Online.
Aos quatro jornalistas sequestrados na segunda-feira no norte do México, cujo paradeiro é ainda desconhecido, soma-se agora o caso de Ulises González Garcia, levado de casa na quarta-feira por homens armados. Garcia é diretor do semanário La Opinión, na cidade de Jerez, no estado de Zacatecas, também na região norte do país. Presume-se que o objetivo dos criminosos seja pedir dinheiro pelo resgate, afirmou La Jornada.
O jornalista Gabriel Bustamante, da rádio FM Ayolas e correspondente dos jornais La Nación e Crónica, na região de Ayolas, na fronteira com a Argentina, sofreu três tentativas de assassinato na semana passada, denunciaram o Sindicato dos Jornalistas do Paraguai e a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), exigindo punição dos responsáveis.