Dois repórteres e dois câmeras desapareceram na segunda-feira na cidade de Gómez Palacio, no estado mexicano de Durango, enquanto cobriam protestos em um presídio local, cujo diretor foi acusado de libertar presos para que cometessem assassinatos para um cartel de drogas, informou La Jornada.
A organização colombiana Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) informou que o fotojornalista, câmera e documentarista Rodolfo Flórez está desaparecido há 20 dias. Ele foi visto pela última vez no porto de Buenaventura. Segundo a EFE, ligações anônimas para familiares ordenaram que não procurassem por Flórez.
Jornalistas, autoridades e chefes de polícia de Chihuahua, no norte do México, um dos estados mais atingidos pela violência no país nos últimos anos, iniciaram discussões para criar o primeiro "protocolo de segurança para jornalistas cobrindo zonas de risco", informaram os sites Devenir e Ahoramismo.
Um novo relatório do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) acusa o governo de promover "um clima de ilegalidade" que já matou nove trabalhadores da imprensa este ano, sete destes em apenas dois meses.
Com os repórteres na mira do crime organizado e a impunidade dos crimes contra jornalistas, declarar guerra editorial contra a corrupção e o narcotráfico pode parecer um ato suicida. Mas foi esta a escolha do semanário mexicano Zeta, publicado em Tijuana, aponta Oscar Medina, do Prodavinci.
De acordo com um relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a América Latina tornou-se a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo, superando a Ásia, o Oriente Médio e o Norte da África no número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2010, informam a Europa Press e o site Periodista Digital.
Ciudad Juarez, no norte do México, é considerada uma das cidades mais violentas do mundo. Na semana passada a população local testemunhou um evento sem precedentes no país: um ataque a agentes federais com um carro-bomba. O cinegrafista Luis Hernández Núñez, da rede Telecinco, registrou o momento da explosão e acabou se ferindo no ataque, que matou quatro pessoas, informou El Universal.
O diário La Jornada relatou que a Procuradoria Especial para a Atenção a Delitos contra a Liberdade de Expressão, assim como a Comissão Nacional de Direitos Humanos (NCHR), irão investigar a denúncia do fotojornalista Irineo Arzate Mujica, que relatou ter sido agredido e roubado por funcionários do Instituto Nacional de Migração (INM).
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou a União a pagar R$ 50 mil por danos morais a uma repórter freelance da Editora Abril, agredida fisicamente e verbalmente por soldados da Polícia do Exército em uma festa de réveillon no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 1999 informou o site da corte.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México investigará agressões de militares contra três repórteres que cobriam uma operação em Nuevo Laredo, no estado de Tamaulipas, no nordeste do México, informou o jornal El Universal.