Na América Latina, as mulheres que trabalham na imprensa enfrentam violência de gênero em seus locais de trabalho e na esfera pública por causa do trabalho que realizam, de acordo com um relatório publicado recentemente pela Federação Internacional de Jornalistas. Elas também sofrem altos níveis de insegurança no emprego.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em seu relatório de meio de ano sobre a situação da liberdade de imprensa nas Américas, alertou sobre a criminalização judicial e as ameaças a jornalistas no Paraguai. A LJR conversou com jornalistas do país que foram ameaçados por estarem fazendo seu trabalho.
Durante o primeiro trimestre de 2024, o Observatório de Jornalistas da Guatemala registrou 22 ataques e restrições à imprensa no país. Embora haja uma pequena melhoria em comparação com o mesmo período do ano anterior, organizações e jornalistas guatemaltecos continuam preocupados com a criminalização da profissão.
Dez jornalistas e comunicadores contaram como têm sofrido ameaças e agressões por reportar atividades predatórias na Amazônia brasileira no relatório “Fronteiras da Informação”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH). O documento também oferece dicas de segurança e apresenta recursos de proteção aos quais jornalistas podem recorrer caso estejam em perigo.
Como parte do seu trabalho para combater a impunidade nos crimes contra jornalistas, a Sociedade Interamericana de Imprensa lançou a campanha “Vozes que exigem justiça”. O primeiro caso destacado é o do jornalista colombiano Gerardo Bedoya Borrero, assassinado em 1997 e cujo crime permanece impune.
Casos de espancamentos, agressões e ofensas de torcedores contra jornalistas têm se multiplicado em muitos países da América Latina. Por trás dos ataques, podem estar novos códigos de conduta entre torcedores violentos e uma intolerância profunda à diferença.
Dois meses após homens armados invadirem os estúdios da TC Televisión em Guayaquil, no Equador, os experientes jornalistas do canal têm buscado várias formas de apoio psicológico. Uma delas é um novo programa de apoio psicossocial da Fundamedios, baseado em terapias holísticas, técnicas de resiliência e saberes ancestrais.
A investigação jornalística "Veracruz de los silencios" da organização Artigo 19 busca respostas para a pergunta "Por que matam jornalistas?” Para isso, a equipe de investigação analisou o assassinato e o desaparecimento de 20 jornalistas no estado mexicano entre 2010 e 2016, juntamente com especialistas.
Ao menos 25 jornalistas da Guatemala estão no exílio devido ao aumento da censura, agressões e perseguições no país. Entre eles estão Marvin Del Cid, Lucia Ixchíu e Gerson Ortiz, que conversaram com a LJR sobre os casos judiciais contra eles e as consequências emocionais de sua fuga.
Jornalistas ambientais e climáticos enfrentam riscos extremos, incluindo ameaças físicas e judiciais, ao reportar sobre a degradação ambiental, aponta novo relatório do International Press Institute. Na América Latina, crime organizado, empresas e forças estatais corruptas representam principais ameaças a esses profissionais, disse Barbara Trionfi, autora do relatório, à LJR.