Desde 2019, 13 meios de comunicação argentinos criaram o posto de editora de gênero, o que faz do país o terreno mais fértil na América Latina para essas profissionais. Uma pesquisa inédita ouviu 12 delas e constatou que as editoras são alvo de violência online com assustadora frequência, e que a maioria delas não se intimida perante os ataques.
O avanço do tráfico de drogas em cidades como como Pedro Juan Caballero e Ponta Porã ameaça os profissionais que cobrem o tema na região. A LatAm Journalism Review entrevistou quatro repórteres que explicam como se se protegem para não ficarem expostos às ameaças do crime organizado.
Os assassinatos de Nelson Matus e Luis Martín Sánchez, ocorridos neste mês, elevam para sete o número de jornalistas assassinados no México até agora em 2023, o que provocou a condenação de organizações de todo o mundo. Em Guerrero, o segundo estado mexicano mais perigoso para o jornalismo, grupos de jornalistas acusam a impunidade e exigem segurança.
Para enfrentar a violência implacável e as ameaças contra jornalistas no México, a ONG de direitos humanos Propuesta Cívica criou a rede Tejidos Solidarios. Esta iniciativa emprega uma metodologia única para fornecer apoio psicoemocional e jurídico às famílias de jornalistas assassinados e desaparecidos. Além disso, protege a memória daqueles que dedicaram suas vidas ao trabalho de investigar e relatar.
O Projeto Bruno e Dom, liderado pela organização francesa Forbidden Stories, reuniu mais de 50 profissionais de 16 meios jornalísticos para continuar o trabalho do jornalista britânico Dom Phillips, que acompanhava o indigenista brasileiro Bruno Pereira quando os dois foram assassinados em junho de 2022. A LatAm Journalism Review (LJR) conversou com alguns dos jornalistas envolvidos nesse esforço colaborativo.
No âmbito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, as organizações Voces Del Sur e Repórteres Sem Fronteiras apresentam relatórios anuais sobre violações da liberdade de expressão, liberdade de imprensa e acesso à informação na América Latina. 2022 foi um ano violento na região, com 31 assassinatos e quase 2 mil ataques contra jornalistas.
A saída de duas pessoas jornalistas do Equador após receberem ameaças de morte é a evidência mais recente do aumento da insegurança para esses profissionais no país. No exílio, Karol Noroña falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre o contexto, documentado por organizações da sociedade civil, de fortalecimento do crime organizado e inação do Estado para proteger jornalistas.
No painel "Como investigar a corrupção no norte do México", parte do festival "Contra el Olvido" (“Contra o esquecimento”), no estado de Tamaulipas, as jornalistas Melva Frutos, Ana Victoria Félix, Priscila Cárdenas e Shalma Castillo contaram como enfrentam ameaças, falta de recursos e indiferença da sociedade em seu esforço por fazer reportagens investigativas sobre insegurança e corrupção.
As jornalistas Catalina Ruiz-Navarro, da Colômbia, e Graciela Tiburcio Loayza, do Peru, falam sobre o assédio judicial de que são alvo por exercer sua profissão, e que se apresenta como uma consequência por tornar públicar denúncias de abuso e assédio sexual contra homens com poder.
Diante dos desafios e da crescente violência contra jornalistas na América Latina, dois jornalistas sul-americanos estão promovendo uma Lei Modelo que possa ser aplicada em todo o mundo. Até agora, o Chile é o país que tem feito mais progressos neste sentido. Em 6 de março de 2023, a Comissão de Cultura, Artes e Comunicações […]