Com um saldo final de 46 jornalistas e defensores dos direitos humanos agredidos no dia 2 de outubro de 2013 na marcha comemorativa da chacina em Tlatelolco, a organização Artigo 19 qualificou este ataque à liberdade de expressão como o mais violento na capital política do México durante um ato de protesto social.
O corpo do jornalista audiovisual hondurenho Manuel de Jesús Murillo Varela, de 32 anos, foi achado com três tiros de bala no rosto na manhã de quarta, 23 de outubro, em uma colônia popular de Tegucigalpa, segundo informações da ONG C-Libre. Suspeita-se que ele tenha sido morto na semana anterior.
Reportagens superficiais de crimes que se baseiam em fotos com sangue e similares, mas carecem de explicações sobre tais fotos, têm se tornado comum entre as mídias de Honduras. A Fundação MEPI, um projeto regional de jornalismo investigativo localizado na Cidade do México, diz que sua análise de conteúdo e entrevistas com repórteres e editores indicam vários motivos por trás dessa tendência crescente: a ausência de uma implementação de mecanismos de segurança entre o governo e a mídia para a proteção dos jornalistas, pouco acesso em tempo útil a relatórios oficiais pelas autoridades, e medo de ret
As denúncias de casos de agressão contra jornalistas no México chegaram a 225, entre janeiro e setembro deste ano. Dentre estes casos, dois profissionais morreram. Outros 33 deixaram o país sob ameaça. Além da violência do crime organizado, cujo principal braço é o narcotráfico que assumiu o controle de regiões inteiras do país, existe uma grave situação de censura institucional no país.
Este foi o pior semestre para jornalistas nas Américas nos últimos cinco anos, de acordo com a Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, informou a agência de notícias EFE. O assassinato de jornalistas e as diversas medidas que restrigem o acesso à informação são alguns dos motivos que provocaram esta situação, afirmou a entidade em sua Assembléia Geral que ocorreu em Denver (Colorado, EUA).
Foram abertas 150 investigações preliminares focadas em ataques contra jornalistas, nos primeiros nove meses do ano, pelo Procurador Especial de Atenção a Crimes Cometidos para a Liberdade de Expressão (FEADLE) do Gabinete do Procurador-Geral da República (PGR), no México, vice-diretor da instituição, Alberto Peralta Flores, segundo publicou o site da revista mexicana Proceso.
O diretor da Rádio Meridional, Cláudio Moleiro de Souza, foi morto com um tiro de arma de fogo no dia 12 de outubro enquanto trabalhava, na cidade de Jaru, Rondônia. O radialista Alberto Dutra Duran foi também ferido, mas não corre risco de vida.
Especialista em cobertura de violência na América Central, Carlos Martínez é repórter do grupo Sala Negra, do jornal digital El Faro, de El Salvador. O grupo foi criado em 2011, com o objetivo de criar um modelo regional de cobertura de permanência e imersão em centros penitenciários, quadrilhas, crime organizado e violência.
O lançamento do site noticioso Plan V foi rápido - quase tão rápido quanto as primeiras ameças que recebeu.
Pelo menos 15 jornalistas foram agredidos por manifestantes e agentes policiais ontem na Cidade do México, durante a cobertura do 45 º aniversário do massacre de estudantes em 1968. A organização Repórteres Sem Fronteiras ( RSF) condenou a violência contra a imprensa .