O jornalista Juan Carlos Muñiz foi assassinado em Zacatecas em 4 de março. Organizações como RSF, Artigo 19 e SIP, assim como jornalistas do México e do exterior, exigiram das autoridades mexicanas o fim da violência contra os comunicadores.
Os comunicadores vítimas da onda de violência no início de 2022 têm denominadores em comum, como serem independentes ou trabalharem em projetos nativos digitais próprios sobre assuntos locais de política, segurança e corrupção.
Até agora em fevereiro, o México registrou uma tentativa de assassinato de um jornalista, dois fotojornalistas espancados e o assassinato do filho de um conhecido comunicador de Tijuana, além de agressões verbais e desqualificações de membros da imprensa pela Presidência.
Pelo segundo ano consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro é o maior responsável por ataques à imprensa no Brasil, segundo levantamento anual da Federação Nacional dos Jornalistas. Para a organização, a realização de eleições nacionais estaduais em outubro, quando Bolsonaro tentará a reeleição aumenta o risco para o exercício do jornalismo no país em 2022.
Em 25 de janeiro de 1997, o fotojornalista José Luis Cabezas foi sequestrado, espancado, assassinado e cremado em um terreno baldio na costa atlântica. No 25º aniversário de seu crime, o Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA) convidou 25 jornalistas para recordá-lo com anedotas vividas com ele e reflexões sobre o que sua morte representa para o jornalismo argentino.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.
Três anos depois de pedir pessoalmente proteção ao presidente do México, a jornalista Lourdes Maldonado foi morta a tiros em Tijuana. Ela é acompanhada por outros dois jornalistas que morreram violentamente no país em menos de um mês, atos condenados por colegas, cidadãos e organizações de liberdade de imprensa.
O CPJ publicou o Índice de Impunidade Global que classifica os 12 principais países onde os autores de crimes contra jornalistas ficam impunes. México e Brasil são os países da região que estão na lista.
No Paraguai, 19 jornalistas foram assassinados nos últimos 30 anos, mas poucos casos foram esclarecidos. Mesa para a Segurança de Jornalistas do Paraguai cobra medidas efetivas de proteção e prevenção de crimes contra jornalistas.
Em uma ação celebrada por jornalistas e defensores da liberdade de imprensa, as autoridades mexicanas anunciaram a prisão de um ex-prefeito no assassinato da jornalista Miroslava Breach em 2017.