A cobertura das eleições parlamentares deste 6 de dezembro na Venezuela se tornou um grande desafio para jornalistas nacionais e internacionais. Denúncias de censura, falta de acesso à informação pública, excesso de rumores, medo de um blackout de internet, violência contra repórteres e apreensão de equipamentos de trabalho são alguns dos aspectos do ambiente no […]
Assassinatos sem resolução, repressão governamental violenta, leis antimeios opressivas e as crescentes conexões entre grandes corporações e governos estiveram entre os temas de debate da 71º Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Diante do perigo iminente de ser fechada pelo governo equatoriano, uma das poucas vozes que monitora a liberdade de expressão e a situação do jornalismo nesse país reúne esforços para seguir trabalhando.
O livre fluxo de informação sobre um vulcão ativo a uns 48 quilômetros ao sul de Quito, Equador, ficou ameaçado após o presidente Rafael Correa declarar estado de exceção no país.
A demissão da jornalista Carmen Aristegui do grupo de rádio MVS do México, no último dia 15 de março, aumentou a polêmica gerada no país pela demissão de dois dos repórteres que faziam parte da equipe de Aristegui apenas uns dias antes. As saídas dos comunicadores foram qualificadas por muitos como ataques à liberdade de expressão.
O aumento da violência relacionada ao crime organizado tem aterrorizado o estado mexicano de Tamaulipas nas últimas semanas. Os confrontos entre facções rivais nas cidades vizinhas de Reynosa e Matamoros deixaram dezenas de mortos e aumentaram o perigo para jornalistas da região.
Depois de ser agredida e ter a mandíbula fraturada, Susana Morazán recebeu uma ameaça: “pare de falar mal do governo”. O fato ocorreu no último dia 19 de janeiro, quando dois homens em motocicletas interceptaram a apresentadora da TV Azteca Guatemala em seu carro, de acordo com Prensa Libre.
Acompanhado de um grupo de pessoas que vestiam camisetas com a frase “Yo Soy Bonil” (Eu sou Bonil), em alusão ao “Je suis Charlie” da França, Xavier Bonilla ‘Bonil’, chargista do jornal El Universo, se apresentou à audiência da Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom) no último dia 9 de fevereiro, de acordo com o site Plan V.
Com um total de 579 violações à liberdade de expressão que correspondem a 350 denúncias/casos, 2014 se tornou quantitativamente o “pior ano” em matéria de “garantias ao direito humano à liberdade de expressão” na Venezuela, segundo a organização não governamental Espaço Público. Este número, de acordo com a ONG, é o mais alto registrado no país nos últimos 20 anos.
Depois de mais de um século nas mãos da família Mantilla, um dos jornais mais antigos e tradicionais do Equador - El Comercio - foi vendido para o magnata da mídia latino-americana Remigio Ángel González, um mexicano que lançou seu império de TV na Guatemala e é conhecido por evitar o conflito editorial com governos.
O Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA) anunciou o lançamento de uma série anual de prêmios de jornalismo de investigação na Argentina em meio ao que a organização qualificou como um "clima insuportável de ameaça, perseguições e más condições de trabalho que pesa sobre a profissão".
Em uma audiência perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (IACHR), um grupo de jornalistas venezuelanos, membros de sindicatos e organizações sociais locais denunciaram firmemente a censura contra a imprensa em curso na Venezuela.