Depois que a Associação Colombiana de Editores de Jornais e Veículos Informativos (Andiarios) tomou a decisão de reproduzir a coluna de opinião que deu origem ao processo por calúnia interposto pelo presidente do Equador, Rafael Correa, jornais de toda América Latina também se juntaram à iniciativa nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, informou o próprio jornal processado, El Universo.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) enviou uma carta ao governo equatoriano, pedindo a imediata suspensão da condenação do diário El Universo, após aceitar o pedido de aplicação de medidas cautelares feito pelos donos do jornal e pelo ex-editor de opinião Emilio Palacio, informou a BBC Mundo.
Um grupo de partidários do governo equatoriano, chamado correistas.com, iniciou uma campanha contra a imprensa mundial, que tem criticado o presidente do país, Rafael Correa, por suas diversas ações contra as liberdades de imprensa e expressão, informou a ONG equatoriana Fundamedios.
"Isso demonstra que você pode processar não só os palhaços, mas também o proprietário do circo", disse o presidente do Equador, Rafael Correa, ao celebrar a decisão da Corte Nacional de Justiça do país, que confirmou a sentença contra os diretores do jornal El Universo em um processo por difamação, informou o próprio diário.
Por conta dos recentes ataques à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão no Equador, o presidente do país, Rafael Correa, tem sido muito criticado nos últimos dias por diversas associações de jornalistas e organizações internacionais, informou o La Hora.
Um jornalista equatoriano condenado a três anos de prisão e ao pagamento de uma milionária multa por difamar o presidente do país pediu asilo nos Estados Unidos, informou a BBC Mundo.
Dois jornalistas equatorianos terão que pagar um milhão de dólares cada um ao presidente do país, Rafael Correa, como indenização por danos morais, informou o diário Hoy. Juan Carlos Calderón e Christian Zurita são os autores do livro “O Grande Irmão”, que aborda supostos contratos que Fabricio Correa, irmão do presidente, mantinha com o Estado.
A probabilidade de que as reformas à lei eleitoral no Equador impeçam a imprensa de poder cobrir informação sobre as campanhas políticas e as eleições foi altamente criticada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) em um relatório divulgado na terça-feira, 31 de janeiro. A reforma eleitoral entrará em vigor no sábado, 4 de fevereiro, segundo o CPJ.
A série de recomendações para a mudança do sistema interamericano de direitos humanos aprovada pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) no dia 25 de janeiro poderia limitar e neutralizar a ação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Relatoria para a Liberdade de Expressão.
O processo aberto pelo presidente do Equador, Rafael Correa, contra o diário El Universo está suspenso, já que uma audiência marcada para a terça-feira 24 de janeiro foi adiada porque um dos três juízes está doente, segundo a EFE.
A Associação Mundial de Jornais e Editoras de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês) publicou um relatório criticando o governo equatoriano por suas ações contra as liberdades de imprensa e de expressão no país.
A Assembleia Nacional do Equador aprovou as alterações propostas pelo presidente Rafael Correa ao Código da Democracia, que entra em vigor no dia 4 de fevereiro e proíbe veículos de comunicação de promover mensagens favoráveis ou prejudiciais a candidatos a cargos eletivos, informou El Diario.