O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, anunciou que os Estados Unidos se ofereceram para ajudar na investigação dos assassinatos de dez jornalistas em 2010, informou a EFE.
O governo de Honduras solicitará ajuda aos Estados Unidos, à Colômbia e à Espanha para esclarecer dez assassinatos de jornalistas ocorridos no país em 2010, informou o El Heraldo.
Os jornalistas sempre vivem em estado de tensão com sua profissão. Para desvendar a verdade, eles precisam desenvolver não apenas um conhecimento abrangente sobre os temas de interesse público, como também devem ter o chamado "faro jornalístico" para estar no lugar certo na hora certa de cobrir um fato. No entanto, para os jornalistas que trabalham em zonas de conflito, tais habilidades jornalísticas podem significar a morte.
Entre 1995 e agosto de 2010, 258 jornalistas foram assassinados — ou estão desaparecidos e, por isso, assume-se que estejam mortos — na América Latina, mas apenas 59 casos já foram julgados. Esses números da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) corroboram uma análise do jornalista Tyler Bridges, que, em um novo relatório, chama a atenção para o que classifica como “a pior onda de violência já registrada contra os jornalistas” na região. É nesse contexto que a SIP desenvolveu seu Projeto Impunidade.
O governo mexicano, assim como os veículos de comunicação de ambos os lados da fronteira e as organizações de liberdade de imprensa e de jornalismo, precisam fazer mais para acabar com a perigosa situação da imprensa na fronteira do México com os Estados Unidos, ameaçada pela impunidade e pela violência ligada ao narcotráfico.
Trinta anos após o desaparecimento da jornalista, poetisa e ativista guatemalteca Alaíde Foppa, organizações de jornalismo e de direitos humanos apoiaram a família dela na apresentação de um recurso à Suprema Corte da Guatemala, pedindo que as autoridades investiguem o caso, noticiou o IFEX. A família apresentou o recurso em 24 de novembro, véspera do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
As autoridades mexicanas estão investigando a morte do repórter policial Carlos Guajardo, mas o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) pediu uma apuração exaustiva que esclareça se militares do Exército atiraram no jornalista.
Os países-membros do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram Honduras e pediram mais informações sobre violações dos direitos humanos desde o golpe que destituiu o presidente Manuel Zelaya. Também foram solicitadas informações sobre os assassinatos de nove jornalistas em 2010, informou a agência Inter Press Service.
Um grupo de jornalistas da violenta Ciudad Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, entregaram uma carta ao presidente Felipe Calderón pedindo o esclarecimento dos assassinatos de seus colegas, que já somam 16 desde 2001, relatam as agências EFE e AFP.
A Sociedade interamericana de Imprensa começou a postar vídeos da série “Impunidade, o poder na mira” através de seu canal no YouTube. A série é formada por documentários de cinco minutos e faz parte de uma campanha internacional para combater a violência contra a imprensa em países como México, Honduras e Colômbia.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México publicou um guia com medidas para proteger jornalistas em risco e combater a violência contra a imprensa, noticiaram a EFE e o diário La Jornada.
A Academia Sueca concedeu ao escritor e político peruano Mario Vargas Llosa o Prêmio Nobel de Literatura 2010 por “sua cartografia das estruturas do poder e suas imagens precisas da resistência, a revolta e a derrota individual", informaram os jornais El Comercio e El País.