A explosão de censura e pressão a que têm sido expostos os jornalistas mexicanos nos últimos anos fez a jornalista Alexandra Xanic lembrar do que o país viveu nos anos 90. A dependência dos meios da pauta oficial, a redução das redações e a busca das empresas por "esvaziar espaços" têm deixado o jornalismo investigativo cada vez mais esquecido, e o pouco que é feito não tem o impacto que deveria.
Para o Ojo Público, a busca por novas narrativas e formatos para contar uma história é constante. Segundo os jornalistas que integram esse meio peruano de jornalismo investigativo, o método que usam consiste em desenhar investigações que combinem revelação e inovação, aplicando ferramentas digitais que permitam melhorar a reportagem e a narrativa das suas histórias, para assim informar ao público.
Na madrugada do dia 5 de maio de 1996, Gustavo Díaz, um comerciante do porto Turbo, em Urabá, Colombia, perdeu tudo. Sua esposa e duas de suas filhas foram assassinadas e queimadas junto com a sua loja por guerrilheiros das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), em um dos mais de 2 mil massacres ocorridos no país desde 1982.
Se existe um caso mexicano que chamou a atenção da mídia do país e do mundo, foi o desaparecimento de 43 estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa em Iguala, no estado de Guerreiro, no dia 26 de setembro de 2014.
O 14º Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo homenageou trabalhos que revelaram execuções extrajudiciais no México, conflitos violentos por terra e madeira no Brasil e tráfico de patrimônio cultural histórico em toda a região.
Desde que o portal de jornalismo investigativo peruano Ojo Público nasceu, há dois anos, seus quatro fundadores sabiam que além de suas investigações, queriam oferecer um espaço para compartilhar conhecimentos e experiências que pudessem ser úteis a colegas não só do Peru, mas de toda a região.
A jornalista Janet Hinostroza e o canal de televisão Teleamazonas foram punidos após terem questionado reiteradas vezes uma compra de medicamentos realizada pelo governo equatoriano. A punição ocorreu em 8 de agosto e foi determinada pela Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom) do Equador, informou o portal Fundamedios.
Após vários anos de esforços para criar um espaço comum de discussão e cooperação, e para melhorar as ferramentas para um jornalismo de alta qualidade - como a gestão de bases de dados e o uso de fontes públicas de informação -, foi lançada oficialmente no dia 3 de maio a Rede de Jornalistas do Chile. A iniciativa foi inaugurada em um evento chamado Sem Mordaça.
A equipe de investigação site mexicano Aristegui Noticias levou mais um prêmio. O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês) anunciou o site como um dos vencedores do 2016 Knight International Journalism Awards.
Enquanto no Equador os jornalistas que fizeram parte da investigação jornalística mundial conhecida como Panama Papers estão enfrentando uma “campanha de assédio” liderada pelo presidente Rafael Correa e seus seguidores, no Peru e no Panamá as reações mais adversas ocorreram dentro dos próprios meios de comunicação tradicionais e na sociedade civil, respectivamente.