Ao percorrer a América Latina cobrindo crime organizado, o jornalista britânico Ioan Grillo identificou paralelos no modo de operação das grandes organizações criminosas - sejam elas do Rio de Janeiro, do México ou da Jamaica.
Cerca de 100 jornalistas de 15 países da América Latina e do Caribe trabalharam em uma investigação global conhecida como Panama Papers, que está entre as manchetes do mundo todo esta semana.
O empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal paulista Diário do Grande ABC, foi preso na sexta-feira, dia 1 de abril, durante a Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção no governo e em empresas brasileiras. A 27a fase da operação apura o destino de R$ 12 milhões de um empréstimo feito por outro empresário - metade deste valor teve Maria Pinto como destinatário final e a suspeita é de que teria comprado o silêncio do empresário a respeito de irregularidades cometidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
Desde março de 2014, quando foi deflagrada, a Operação Lava Jato e seus desdobramentos têm dominado a pauta política no Brasil. Considerada pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção já realizada no país, sua cobertura é um desafio até para jornalistas experientes, como o editor-chefe da revista Época, Diego Escosteguy.
Uma repórter em tempo integral. Assim se define Elvira Lobato, uma das mais premiadas e reconhecidas jornalistas do país, com 39 anos dedicados ao jornalismo impresso. Mesmo depois de decidir se aposentar na Folha em 2011, onde foi repórter especial e trabalhou por 27 anos, o que ela chama de "sina" da investigação não a deixou. Em fevereiro deste ano, ela publicou uma série de reportagens sobre concessões de tevê na Amazônia Legal em parceria com a Agência Pública.
Convencida de que a apuração jornalística cada vez mais ultrapassa a realidade local, a organização sem fins lucrativos Connectas, com sede em Bogotá (Colômbia), lançou um novo projeto que busca fomentar a produção e distribuição de trabalhos em jornalismo investigativo transnacional.
A série de investigação jornalística transnacional “Império das Cinzas” sobre o tráfico ilegal de cigarros na América do Sul foi anunciada como ganhadora do Prêmio Global Shining Light no dia 10 de outubro.
Jornalistas da América Latina têm agora uma ferramenta que lhes permite conhecer as melhores investigações jornalísticas publicadas na região. Trata-se do Banco de Investigações Jornalísticas (BIPYS) criado pelo Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS), que o público pode acessar desde o dia 6 de julho, após o pagamento de uma assinatura.
Várias mulheres jornalistas de Trinidad e Tobago se tornaram alvos de ataques em redes sociais nos últimos meses como resultado de suas investigações sobre atividades suspeitas na administração pública. Estes ataques acontecem meses antes das eleições gerais programadas para setembro.
Três dias antes de terminar sua campanha de crowdfunding (financiamento coletivo), a agência brasileira Pública, uma organização de jornalismo investigativo dirigida por mulheres, conseguiu superar sua meta de arrecadação. A campanha “Ocupe A Pública”, lançada no dia 21 de janeiro, tinha como objetivo levantar 50 mil reais para a realização de 10 reportagens cujos temas vão ser escolhidos pelos leitores-colaboradores, que também vão acompanhar a produção das pautas.