Os protestos e a crise gerados pela decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de suspender as faculdades da Assembleia Nacional na noite de quarta-feira, dia 29 de março, deixaram mais uma vez a imprensa em sua posição mais vulnerável: agentes das forças de segurança agrediram os repórteres que cobriam as manifestações, de acordo com denúncias.
A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela ordenou “a suspensão e saída imediata das transmissões” da CNN em Espanhol do país. Além disso, Andrés Eloy Méndez González, diretor-geral da entidade, disse em 16 de fevereiro que a CNN também será bloqueada na internet.
O jornalista da Rede Record Leandro Stoliar, detido na Venezuela quando fazia reportagens sobre denúncias de corrupção, disse que foi tratado "como um prisioneiro, um criminoso" durante as 30 horas de detenção. Stoliar disse que a imprensa não é livre para trabalhar no país, onde a "informação é um crime".
Autoridades venezuelanas deportaram um jornalista freelancer espanhol Aitor Sáez antes de protestos marcados para o dia 23 de janeiro, seguindo um padrão de tratamento a jornalistas internacionais antes de manifestações de massa.
O decano da imprensa venezuelana poderá circular a sua versão impressa por aproximadamente três semanas, a partir desta quinta-feira, 12 de janeiro. No entanto, para os donos do jornal e seus mais de 180 trabalhadores continua a incerteza se o Ceam vai autorizar o El Impulso a comprar outro novo lote de papel de imprensa que os permita seguir produzindo e publicando a edição impressa, sem interrupções.
Atualmente, pelo menos 250 jornalistas em todo o mundo foram detidos em relação ao seu trabalho de reportagem, de acordo com relatórios recentes do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) e da organização sem fins lucrativos Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Depois de vários anos unindo forças, a "Aliança Rebelde" deu mais um passo a frente na sua luta para sobreviver às forças do lado negro.
Ana Julia Jatar compartilhou uma foto de seu irmão Braulio 82 dias após ele ser preso pela primeira vez na Venezuela. Ele parece magro; sua cabeça, geralmente coberta de cabelo grisalho, está raspada; seu rosto carrega uma expressão triste.
O capítulo venezuelano da organização internacional Chicas Poderosas lançou recentemente um workshop sobre análise de dados e programação, além de uma "hackathon" de dados públicos.
Em 2001, a fotojornalista norte-americana Leslie Mazoch conseguiu seu emprego dos sonhos na Associated Press (AP), uma das mais reconhecidas agências de notíciais internacionais. Para iniciar sua carreira, ela se mudou para a Venezuela, onde nos próximos seis anos, fotografaria assuntos financeiros, políticos e sociais do país latino-americano.
Cobrir protestos, fotografar filas para conseguir mantimentos ou fazer vídeos dentro de hospitais podem ser atitudes arriscadas para jornalistas hoje na Venezuela. Vários repórteres e fotojornalistas no país têm sido sujeitados a detenções temporárias e permanentes durante seus expedientes nos últimos meses.
Ao menos seis jornalistas foram vítimas de diferentes ataques quando um grupo que apoia o governo entrou de forma violenta no espaço da Assembleia Nacional (AN) de Venezuela este domingo 23 de outubro, informou a ONG Espacio Público.