Após as declarações do presidente peruano Pedro Castillo de que não dará dinheiro de publicidade estatal aos meios de comunicação que deturpem os fatos, várias organizações de liberdade de imprensa no país destacaram que a contratação de publicidade oficial é responsabilidade do Estado, não do presidente, e que isso não deve representar uma recompensa ou punição política.
Tendo em vista o recente aumento de agressões e perseguições a jornalistas no país centro-americano, o Prensa Contra la Censura pretende conscientizar os guatemaltecos sobre a importância de defender o jornalismo independente.
A justiça peruana condenou o ex-assessor presidencial de Alberto Fujimori, Vladimiro Montesinos, a 17 anos de prisão pelo sequestro, em abril de 1992, do jornalista peruano Gustavo Gorriti. O jornalista disse que, embora a condenação lhe pareça correta, acabou sendo um processo muito longo
A plataforma jornalística Voces en Libertad foi criada para combater a censura do presidente nicaraguense Daniel Ortega e para gerar as condições para que o jornalismo colaborativo ajude os meios de comunicação independentes a seguir informando e contando as histórias da Nicarágua.
A Assembleia Legislativa de El Salvador deve aprovar a Lei dos Agentes Estrangeiros, que imporia um imposto de 40% sobre todas as transações financeiras de organizações sociais e jornalísticas no país, em sua maioria críticas e independentes, que recebem recursos do exterior
“Gostaria de ver este fórum como uma oportunidade para refletir sobre nossa situação, para iniciar uma conversa que nos leve a enfrentar juntos, mais organizados e acompanhados, a onda de ataques orquestrados ao jornalismo centro-americano de cada um de nossos governos. Juntos, organizados, vamos resistir melhor ”, disse o jornalista Carlos Dada no Fórum de Jornalismo da América Central.
Os comunicadores enfrentaram prisão domiciliar extrajudicial, intimações, suspensão de serviços e retirada de credenciamentos dias antes dos protestos de 15 de novembro.
O jornalista guatemalteco José Rubén Zamora, diretor e fundador do elPeriódico, denunciou publicamente o que chamou de ações de assédio judicial pelo governo contra ele e seu meio de comunicação, devido a sua linha editorial crítica.
Jornalistas de Honduras, El Salvador, Nicarágua e Venezuela falaram em um painel do webinar "Jornalismo em tempos de polarização e desinformação na América Latina". O painel explorou a liberdade de imprensa em países que enfrentam governos autoritários em ascensão e como eles estão sendo capazes de continuar fazendo jornalismo.
Em sociedades polarizadas, jornalistas que se tornam alvos de ataques de políticos populistas e seus apoiadores têm que ajudar uns aos outros, reportar apenas fatos checados e contar histórias aprofundadas, concluiram os palestrantes do painel “Polarização: Desafios para jornalistas que se tornam alvos em sociedades polarizadas”, que fez parte do webinar “Jornalismo em Tempos de Polarização e Desinformação na América Latina”,
No ano da eleição presidencial da Nicarágua, que ocorre em 7 de novembro, o presidente Daniel Ortega implementou limitações cada vez mais rígidas à liberdade de imprensa – uma movimentação que, segundo os críticos, faz parte de uma campanha de anos para silenciar a oposição política de Ortega.
A mais recente edição do Índice Chapultepec de Liberdade de Imprensa e de Expressão nas Américas, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), registrou uma melhoria de 4,2 pontos na média dos 22 países avaliados no continente. O panorama geral mais positivo vem com resultados ruins de três dos maiores países da região, Argentina, México e Brasil, que foram os que perderam mais pontos no ranking.