Pelo menos três jornalistas receberam ameaças nos últimos dias na Argentina, informou a rádio FM Activa. Além de problemas com um governo que se nega a respeitar as liberdade de imprensa e de expressão, as agressões e ameaças tem se tornado frequentes.
O Centro de Reportes Informativos de Guatemala (Cerigua) denunciou o fechamento de duas rádios comunitárias e seis canais de TV locais durante o mês de maio. Segundo a organização, dezenas de emissoras comunitárias operam de maneira ilegal, por conta da falta de leis de concessão de licenças, o que permite a perseguição das autoridades locais.
Apesar do tiroteio contra o prédio do jornal El Mañana na cidade fronteiriça de Nuevo Laredo na noite de sexta, 11 de maio, os jornalistas da publicação conseguiram fechar a edição de sábado e voltaram a trabalhar no dia seguinte, informou o diário Detroit Free Press. “Nem uma granada parou as prensas no México”, foi a manchete do Detroit Free Press para dar destaque ao ataque armado contra o jornal.
Canal 13 de Chile Dois editores do Canal de TV 13 do Chile pediram demissão após terem sido censurados e impedidos de continuar um programa sobre uma controversa reportagem sobre a discriminação de empregadas domésticas que existe no páis, informaram a agência de notícias Emol e a Rádio Universidad de Chile.
Após receber críticas do governo americano sobre a situação da liberdade de expressão no Equador, o presidente equatoriano, Rafael Correa, repudiou as acusações de que o livre discurso está ameaçado no país, afirmando considerar uma “vergonha” que o presidente americano, Barack Obama, “saia em defesa dos informantes”, informou a AFP.
Enquanto o restante do mundo celebrava o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Rob Ford, o prefeito de Toronto, Canadá, chamou a polícia para prestar queixa contra o repórter do Toronto Sun Daniel Dale e exigiu que Dale fosse retirado da cobertura da Câmara Municipal, ameaçando não falar com nenhum outro membro da mídia se ele estivesse por perto, informou o CTV News e o National Post.
O Escritório de Direitos Humanos do Jornalista (OFIP, na sigla em espanhol) da Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP) publicou um relatório dizendo que em 2012 ocorreram 49 agressões a jornalistas no Peru. “Em sua maioria, os atentados foram cometidos por funcionários públicos (17); seguido por civis (16); elementos não identificados (11); proprietários de veículos/gerente (4) e policiais e militares (1)”. Do total de jornalistas agredidos, 12 eram mulheres, destacou o informe.
Após o assassinato de quatro jornalistas em Veracruz, no México, em menos de uma semana, alguns diretores de veículos locais ordenaram que seus repórteres não fossem aos funerais de seus colegas como uma medida de proteção, informou a agência AFP.
O governo dos Estados Unidos pediu ao Equador que garanta a liberdade de expressão no país e que "os jornalistas possam trabalhar sem medo de ameaças ou castigos”, informou a EFE. O governo americano também questionou o caso do jornalista equatoriano César Ricaurte, diretor da ONG equatoriana Fundamedios, que afirma ter recebido ameaças de morte por suas críticas ao governo, acrescentou a EFE.
Cuba figura na lista mundial dos 10 países com maior censura, de acordo com o recente informe do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), graças ao controle exercido sobre a mídia pelo Partido Comunista, ao bloqueio de conteúdo dos provedores de internet e às detenções arbitrárias e campanhas difamatórias contra jornalistas independentes.
Menos de 15% da população mundial vivem em países com total liberdade de imprensa - o nível mais baixo em mais de uma década -, segundo o mais recente relatório da organização Freedom House, Liberdade de Imprensa 2012, publicado no dia 1 de maio. O ranking mundial foi divulgado às vésperas do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em 3 de maio.
Após o assassinato do jornalista maranhense Décio Sá, do jornal O Estado do Maranhão, no último dia 23 de abril, outros repórteres e editores do estado relataram também receber ameaças frequentes , segundo o portal Último Segundo.