A Procuradoria Geral do Estado de Michoacán informou que os restos mortais do jornalista desaparecido Salvador Adame Pardo foram encontrados em um campo vazio ao lado de uma rodovia entre Nueva Italia e Lombardía. No entanto, a família de Adame Pardo criticou a investigação sobre o caso e disse que poderá enviar os restos mortais a um laboratório independente para uma segunda análise de DNA, noticiou o Proceso.
O jornalista mexicano Salvador Adame Pardo (45) está há quase um mês desaparecido, após ter sido sequestrado por um grupo de homens armados no dia 18 de maio, na cidade de Nueva Italia, município de Múgica, em Michoacán.
Em resposta às denúncias de 23 jornalistas agredidos durante a repressão policial dos protestos sociais recentes no Paraguai, o governo do país anunciou a adoção, nos próximos dias, de um protocolo de segurança para jornalistas em situação de risco.
Salvador Adame Pardo, jornalista e dono do canal de televisão mexicano 4TV, foi sequestrado na tarde de 18 de maio no estado de Michoacán, no México.
O ano de 2016 foi crítico para o exercício do jornalismo no mundo, segundo três organizações internacionais promotoras da liberdade de expressão e de imprensa em seus relatórios anuais, divulgados neste semana.
Os protestos e a crise gerados pela decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de suspender as faculdades da Assembleia Nacional na noite de quarta-feira, dia 29 de março, deixaram mais uma vez a imprensa em sua posição mais vulnerável: agentes das forças de segurança agrediram os repórteres que cobriam as manifestações, de acordo com denúncias.
O jornal mexicano Norte de Ciudad Juárez fechou o seu portal de notícias Norte Digital na noite de 4 de abril, dois dias depois de publicar o editorial de despedida da sua última edição impressa. As duas edições foram fechadas por decisão do seu editor, Óscar Cantú Murguía, por falta de garantias e segurança para exercer o jornalismo crítico no país.
Um repórter de polícia mexicano, que afirmou ter recebido ameaças de morte do crime organizado, foi morto no estado de Guerrero em 2 de março.
Apenas alguns dias antes de o Equador eleger um novo presidente, a jornalista Janet Hinostroza recebeu um dispositivo explosivo no seu trabalho.
Ainda que os números de violência letal contra jornalistas na Colômbia sigam diminuindo – por exemplo, 2016 foi o primeiro ano nos últimos sete em que não foram registrados assassinatos por causa do trabalho jornalístico – as formas de censura têm mudado e se encontram muito longe de serem superadas na Colômbia.