Na análise da FLIP, o governo de Iván Duque, que termina em 7 de agosto, manteve uma estratégia binária de amigo-inimigo com a imprensa. Com aqueles considerados críticos, prevaleceram a desconfiança e o sigilo. Ele usou recursos humanos e econômicos para priorizar a comunicação institucional e impor sua narrativa. Ao fazer isso, contribuiu para a atmosfera de polarização e construiu um muro que afetou o acesso à informação.
A jornalista Claudia Julieta Duque, que durante duas décadas passou por tortura psicológica, exílio e perseguição por jornalismo investigativo, disse que a recente decisão do Conselho de Estado colombiano é a mais importante na luta por justiça pelas violações de seus direitos humanos.
Ataques com pedras, paus, líquidos ferventes, ameaças e impedimentos ao acesso à informação são alguns dos ataques que a imprensa vem sofrendo durante a cobertura dos protestos que começaram em 13 de junho no Equador.
A repórter mexicana acredita que o mecanismo de proteção a jornalistas não dará bons resultados enquanto persistir a impunidade a crimes contra a imprensa em seu país. E enquanto o presidente não desistir de seu discurso hostil de intimidação ao jornalismo.
Até agora em fevereiro, o México registrou uma tentativa de assassinato de um jornalista, dois fotojornalistas espancados e o assassinato do filho de um conhecido comunicador de Tijuana, além de agressões verbais e desqualificações de membros da imprensa pela Presidência.
Em 2021, foram registrados 702 casos de abuso de poder e violência contra a imprensa pelo regime de Daniel Ortega, quase o dobro dos 360 relatados em 2020. Os ataques a meios de comunicação independentes estão na liderança, com 469 casos relatados.
A Repórter Brasil comemora 20 anos em 9 de outubro, data em que o site foi lançado originalmente. Para marcar o aniversário, a LJR conversou com pessoas-chave da organização para contar como ela funciona, sua forma de fazer jornalismo e os planos para o futuro.
Brasil, Nicarágua, Bolívia, El Salvador e Venezuela registraram as maiores quedas na última década na escala de liberdade de expressão da Artigo 19
Em entrevista à LJR, Jonathan Bock, diretor executivo da FLIP na Colômbia, explica a importância da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso da jornalista Jineth Bedoya e suas implicações para a liberdade de expressão e as mulheres jornalistas na região.
Jornalistas e especialistas atribuem o aumento dos ataques a um padrão repressivo do governo e ao momento político da Venezuela, de retomada da Assembleia Nacional pelo chavismo