Javier Canales e Alejandro Hernández, dois dos quatro jornalistas sequestrados por traficantes de drogas no estado de Durango, foram resgatados no sábado em uma operação policial, informou La Crónica de Hoy. O câmera Héctor Gordoa foi libertado na quinta-feira e, no fim de semana, a imprensa informou que o repórter Óscar Solís também havia sido posto em liberdade na terça-feira.
Héctor Gordoa Márquez, um dos quatro jornalistas sequestrados no dia 26 de julho no estado de Durango, foi libertado nesta quinta-feira pelos sequestradores e chegou "são e salvo" à sede da Televisa, onde trabalha, informaram La Jornada e El Diario.
Aos quatro jornalistas sequestrados na segunda-feira no norte do México, cujo paradeiro é ainda desconhecido, soma-se agora o caso de Ulises González Garcia, levado de casa na quarta-feira por homens armados. Garcia é diretor do semanário La Opinión, na cidade de Jerez, no estado de Zacatecas, também na região norte do país. Presume-se que o objetivo dos criminosos seja pedir dinheiro pelo resgate, afirmou La Jornada.
Dois repórteres e dois câmeras desapareceram na segunda-feira na cidade de Gómez Palacio, no estado mexicano de Durango, enquanto cobriam protestos em um presídio local, cujo diretor foi acusado de libertar presos para que cometessem assassinatos para um cartel de drogas, informou La Jornada.
A organização colombiana Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) informou que o fotojornalista, câmera e documentarista Rodolfo Flórez está desaparecido há 20 dias. Ele foi visto pela última vez no porto de Buenaventura. Segundo a EFE, ligações anônimas para familiares ordenaram que não procurassem por Flórez.
Jornalistas, autoridades e chefes de polícia de Chihuahua, no norte do México, um dos estados mais atingidos pela violência no país nos últimos anos, iniciaram discussões para criar o primeiro "protocolo de segurança para jornalistas cobrindo zonas de risco", informaram os sites Devenir e Ahoramismo.
Um novo relatório do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) acusa o governo de promover "um clima de ilegalidade" que já matou nove trabalhadores da imprensa este ano, sete destes em apenas dois meses.
Com os repórteres na mira do crime organizado e a impunidade dos crimes contra jornalistas, declarar guerra editorial contra a corrupção e o narcotráfico pode parecer um ato suicida. Mas foi esta a escolha do semanário mexicano Zeta, publicado em Tijuana, aponta Oscar Medina, do Prodavinci.
De acordo com um relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a América Latina tornou-se a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo, superando a Ásia, o Oriente Médio e o Norte da África no número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2010, informam a Europa Press e o site Periodista Digital.
Ciudad Juarez, no norte do México, é considerada uma das cidades mais violentas do mundo. Na semana passada a população local testemunhou um evento sem precedentes no país: um ataque a agentes federais com um carro-bomba. O cinegrafista Luis Hernández Núñez, da rede Telecinco, registrou o momento da explosão e acabou se ferindo no ataque, que matou quatro pessoas, informou El Universal.