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Circula nova lista com ameaças contra jornalistas em Veracruz, México

No estado mexicano de Veracruz, um dos 10 lugares mais perigosos para exercer o jornalismo no mundo, ressurgiram temores de que mais jornalistas possam ser assassinados. De acordo com o jornal digital El Arsenal, uma nova lista circula com nomes de mais jornalistas que estariam na mira dos criminosos nos próximos dias e as advertências foram feitas por um funcionário da Procuradoria estadual.

Em maio passado, três fotógrafos foram torturados e assassinados, e no final de abril, a jornalista Regina Martínez, do semanário Proceso, foi estrangulada em Xalapa, a capital do estado. No total, oito comunicadores foram assassinados nesse estado desde junho de 2011 e até agora nenhum dos crimes foi resolvido.

Atualmente, um fotojornalista cuja família foi assassinada em Veracruz solicita asilo político nos Estados Unidos. Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, Miguel Ángel López Solana narrou as ameaças, condições laborais e riscos vividos pelos jornalistas de Veracruz. O diário Notiver, no qual trabalhavam cinco dos jornalistas executados, negou que López Solana tenha sido seu funcionário e que a empresa não tenha cumprido com suas obrigações financeiras junto à família do colunista morto Miguel Ángel López Velasco.

Apesar das autoridades responsabilizarem o crime organizado pela trágica morte dos jornalistas, alguns dos comunicadores assassinados denunciaram ter recebido ameaças de autoridades estaduais antes de morrer, de acordo com a organização Artigo 19.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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