Os jornalistas mexicanos precisam urgentemente fazer as pessoas entenderem e valorizarem o impacto de seu trabalho para que seja a sociedade a exigir das autoridades condições seguras para a prática do jornalismo, disse Katherine Corcoran, que em outubro lançará o livro "In the Mouth of the Wolf", sobre o assassinato da jornalista mexicana Regina Martinez em 2012.
A morte de Fredid Román eleva para 15 o número de jornalistas assassinados no México em 2022. Enquanto organizações como ONU, CPJ e SIP condenam os crimes, o governo de López Obrador nega o clima de violência contra a imprensa e até se constitui como a principal origem das agressões, de acordo com um relatório da Artigo 19.
O que começou como uma briga entre grupos criminosos rivais terminou em ataques à população que resultaram na morte de quatro funcionários do grupo MegaRadio. Os assassinatos, considerados por organizações como uma forma de desestabilização social, fizeram com que a estação paralisasse temporariamente sua transmissão.
Diante do fracasso dos mecanismos de proteção aos jornalistas, os membros da imprensa devem fortalecer a autoproteção, a solidariedade dentro da profissão e os vínculos com a sociedade civil, disseram representantes de Artigo 19, Repórteres sem Fronteiras e Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Por Sara Mendiola* Esta é a quarta reportagem de uma série sobre investigação e julgamento de casos de violência contra jornalistas na América Latina.** Em 23 de março de 2017, a jornalista Miroslava Breach Velducea foi assassinada quando saía de casa na cidade de Chihuahua, no norte do México. Breach foi repórter do jornal […]
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O assédio online a jornalistas no Brasil se intensificou nos últimos anos devido ao potencial de exposição criado pelas redes sociais e à institucionalização desses ataques. As investidas do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas naturalizaram esse tipo de violência nas plataformas, e quem deveria dar respaldo a profissionais peca pela falta de responsabilização, revela estudo sobre violência contra jornalistas nas redes sociais.
A jornalista Claudia Julieta Duque, que durante duas décadas passou por tortura psicológica, exílio e perseguição por jornalismo investigativo, disse que a recente decisão do Conselho de Estado colombiano é a mais importante na luta por justiça pelas violações de seus direitos humanos.
Dados mostram que, nos últimos três anos, a resposta mais comum do Ministério Público da Guatemala a casos de ataques contra jornalistas foi a rejeição. Apenas 1% dos casos resultam em uma condenação. Durante a administração da procuradora-geral Consuelo Porras, o orçamento para a investigação de crimes contra jornalistas foi reduzido em 77%.
Vinte e dois jornalistas foram assassinados em países da América Latina entre janeiro e junho de 2022. Os dados são da Press Emblem Campaign (PEC). O número é maior que o total de mortes de jornalistas nos países da região no ano passado: 17. É maior também do que jornalistas mortos na cobertura da Guerra da Ucrânia: 16 no mesmo período.