Após devolver seu esquema de segurança por constatar irregularidades no tratamento de seus dados, a jornalista colombiana Claudia Julieta Duque denuncia ter sofrido pelo menos dois graves incidentes de segurança e o descumprimento por parte do Estado das medidas cautelares outorgadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Um estudo de jornalismo de dados realizado por várias organizações de notícias descobriu que mulheres negras e indígenas no Brasil, além de serem submetidas à misoginia e violência de gênero, enfrentam ataques adicionais online quando se manifestam contra o racismo.
Monitoramento realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 119 casos de violência de gênero contra jornalistas em 2021 no Brasil. Destes, 58 tiveram a participação de autoridades estatais – o presidente da República, Jair Bolsonaro, participou de oito destes ataques. O levantamento evidencia a especial vulnerabilidade de jornalistas dedicadas à editoria de política, já que 60% dos ataques foram motivados pela cobertura deste tema.
A repórter mexicana acredita que o mecanismo de proteção a jornalistas não dará bons resultados enquanto persistir a impunidade a crimes contra a imprensa em seu país. E enquanto o presidente não desistir de seu discurso hostil de intimidação ao jornalismo.
Documentário brasileiro ‘Boca Fechada’ parte das histórias de três comunicadores executados por pistoleiros para mostrar a vulnerabilidade de jornalistas críticos em cidades pequenas do interior do país.
O jornalista Juan Carlos Muñiz foi assassinado em Zacatecas em 4 de março. Organizações como RSF, Artigo 19 e SIP, assim como jornalistas do México e do exterior, exigiram das autoridades mexicanas o fim da violência contra os comunicadores.
Especialistas na cobertura de confrontos violentos na América Latina alertam para a necessidade de um treinamento de segurança completo que envolva toda a redação, desde os chefes até os repórteres.
Para ajudar a aumentar a conscientização sobre as ameaças que as mulheres jornalistas enfrentam em todo o mundo e promover soluções concretas, o Centro Knight, a International Women's Media Foundation (IWMF) e a UNESCO estão organizando em conjunto um webinar gratuito e multilíngue no Dia Internacional da Mulher, 8 de março às 10h (horário central dos EUA).
Relatório da Repórteres Sem Fronteiras encontrou “graves problemas, que requerem mudanças urgentes”, nos mecanismos de proteção a jornalistas nestes quatro países, que concentram 90% dos assassinatos de jornalistas perpetrados na América Latina nos últimos dez anos
Histórias sobre gangues e organizações criminosas, áreas de fronteira com a ambiguidade de seus limites e jurisdições, cidades urbanas marginais ou uma simples praça central de uma cidade tomada por cartéis de drogas são alguns dos temas e cenários latino-americanos onde os jornalistas da região podem encontrar suas melhores reportagens ou uma situação de vida ou morte.