No espaço de uma semana, dois respeitados jornalistas na América Central morreram em circunstâncias misteriosas. Associações de jornalistas na Guatemala e em El Salvador estão apelando às autoridades para solucionar as mortes do diretor de televisão Víctor Hugo Valdez e do produtor de televisão Pedro Antonio Portillo, respectivamente.
Dois jornalistas da América Latina serão homenageados este ano na nova dedicatória do Monumento para Jornalistas (Journalists Memorial) del Newseum, um museu e instituto com sede nos Estados Unidos dedicado à liberdade de expressão.
"Tenho vindo a trabalhar e viajar em torno desta área por dezessete anos, e eu nunca tive quaisquer problemas. Meu sequestro foi um erro grave do ELN. Não faz sentido. Se eles tivessem me convidado, eu teria ido, "Hernández-Mora disse ao jornal espanhol El Mundo para o qual a jornalista é correspondente na Colômbia.
A jornalista espanhola Salud Hernández-Mora desapareceu no último sábado, 21 de maio, ao meio-dia no município de El Tarra, enquanto investigava o fim de cultivos ilícitos na região de Catatumbo, no estado colombiano de Norte de Santander, informou a agência Reuters.
O jornalista Manuel Torres González, de 45 anos, foi baleado na cabeça (quando estava de costas) em 14 de maio, depois de sair de um escritório estadual na cidade de Poza Rica, no norte de Veracruz, conforme relatado pelo Milenio, citando o procurador-geral de Veracruz.
Quatro ex-funcionários do extinto Departamento Administrativo de Segurança (DAS) da Colômbia foram chamados para interrogatório pelo Gabinete do Procurador-Geral como parte da investigação sobre ameaças e tortura psicológica sofridas pela jornalista Claudia Julieta Duque, informou o jornal El Espectador. [Veja abaixo uma breve explicação sobre o escândalo do DAS]
O jornalista Ivan Pereira Costa foi baleado na porta de sua casa em Cujubim, Rondônia. Sua esposa, a também jornalista Ediléia Santos Silva, disse ao G1 que a tentativa de homicídio pode ter relação com o trabalho do marido.
O jornalista Francisco Pacheco Beltrán, correspondente do El Sol de Acapulco e da estação Capital Maxima 97.1FM, foi morto em 25 de abril, em frente à sua casa em Taxco de Alarcón, no estado mexicano de Guerrero. Ele é o quinto jornalista assassinado neste ano no país.
A situação da segurança para a imprensa colombiana parece estar piorando em meio ao processo de negociação de paz entre o governo e grupos guerrilheiros do país.
Após o assassinato de um blogueiro no Maranhão, a organização de defesa da liberdade de expressão Artigo 19 instou as autoridades federais y estaduais a “unir esforços para dar uma resposta rápida e contundente à situação de violência contra comunicadores” que está afetando o estado.
A Justiça brasileira condenou no dia 13 de abril Marcos Bruno Silva de Oliveira a 18 anos de prisão pela participação no assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 2012. Esse é o segundo julgamento de Oliveira, que havia recorrido da sentença e conseguido anulação do caso, no Maranhão.
Representando uma marcha fúnebre, dezenas de jornalistas hondurenhos marcharam com pelo menos 60 caixões simbólicos até o Ministério Público em Tegucigalpa para exigir justiça pelas mortes de jornalistas ocorridas nos últimos anos no país, informou o jornal local El Heraldo.