Apesar das declarações de um porta-voz da polícia peruana afirmando que a morte do jornalista de 22 anos Fernando Raymondi em Lima não foi motivada por sua cobertura do crime organizado, da corrupção e do tráfico de drogas, jornalistas locais e organizações internacionais defensoras da liberdade de imprensa continuam pedindo uma investigação completa sobre o caso.
A impunidade em assassinatos de jornalistas não é novidade na América Latina. Na última década, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) relatou 72 casos de jornalistas mortos em virtude de seus trabalhos. Cerca de 78% deles continuam impunes parcial ou totalmente. Mas no México, na Colômbia e no Brasil, os níveis de impunidade ultrapassaram os de outros países de América Latina, segundo o CPJ’s Índice de Impunidade Global de 2014 do CPJ.
O recente assassinato de María del Rosario Fuentes Rubio, uma médica e jornalista cidadã conhecida no Twitter por suas informações sobre a atividade do cartel no norte do México, abalou jornalistas que trabalham em redes de notícias cidadãs na região do estado de Tamaulipas.
O caso do jornalista paraguaio Pablo Medina Velázquez, assassinado enquanto trabalhava no departamento de Canindeyú, ao noroeste do país, já é o terceiro no Paraguai este ano e o mais recente de uma série de assassinatos de jornalistas na região nos últimos anos. Sua morte ressalta as árduas e perigosas condições para repórteres que trabalham na fronteira com o Brasil.
Depois que um jornalista de TV foi morto a tiros recentemente em Tegucigalpa, a polícia rapidamente alegou que o motivo não tinha nada a ver com o seu trabalho de reportagem. Algumas publicações dizem que ele foi o 37º jornalista assassinado em Honduras desde 2003, enquanto outras dizem que ele foi o 45º repórter morto no mesmo período.
O jornalista paraguaio Fausto Gabriel Alcaraz foi assassinado a tiros nesta sexta-feira, 16 de maio, na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Brasil, informaram vários meios locais.
Jornalistas de Veracruz e outros grupos marcharam na segunda, 28 de abril, em homenagem à morte da jornalista Regina Martínez ocorrida no mesmo dia há dois anos, de acordo com a revista Proceso.
Em sua apresentação ontem na Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) lamentou que os 18 assassinatos de jornalistas registrados na região em 2013 sigam, em sua maioria, na impunidade.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) novamente pediu justiça no caso do assassinato do jornalista colombiano Nelson Carvajal, assassinado há 16 anos. A SIP insistiu em exigir das autoridades que investiguem e localizem os culpado pelo crime, um chamado que a organização faz desde que o caso iniciou em 2001.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) pediu hoje à Corte Suprema do Peru para esclarecer o assassinato do jornalista de rádio Alberto Rivera Fernández e julgar os autores intelectuais do crime.