As eleições para presidente da Venezuela acontecem no próximo domingo, 7 de outubro. Nesse período de campanha, o cenário dos meios de comunicação no país está polarizado entre os apoiadores do atual presidente Hugo Chávez e o candidato da oposição, Henrique Capriles. Tal polarização, no entanto, não é numérica, mas de repercussão: uma análise da BBC revela que, embora o governo venezuelano tenha aumentado de uma para cinco o número de emissoras públicas, os canais estatais têm apenas 5,4% da audiência, segundo uma pesquisa da empresa AGB Panamericana.
O jornalista venezuelano Leonardo León denunciou no domingo, 30 de setembro, em sua conta no Twitter ter sido ameaçado por um simpatizante do governo conhecido como "imperatus Josue", informou o site da ONG Espacio Publico.
Incluir fontes alternativas, diferenciar entre atos de governo e de campanha e produzir reportagens com profundidade sobre a trajetória dos candidatos são algumas das recomendações que vários jornalistas venezuelanos fizeram.
Nesta terça-feira, 18 de setembro, Repórteres Sem Fronteiras (RSF) examinou a situação atual da Venezuela, às vésperas das eleições presidenciais de 7 de outubro, em reunião da Subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
Diferentes versões do confronto violento entre simpatizantes do presidente Hugo Chávez e do candidato de oposição, Henrique Capriles, revelam a polarização da imprensa venezuelana a menos de um mês das eleições presidenciais no país.
Um fotógrafo foi agredido durante um confronto entre simpatizantes do governo venezuelano e opositores na quarta-feira, 12 de setembro, em mais uma demonstração da polarização das eleições presidenciais na Venezuela, informou o site Notícias 24.
O governo de Hugo Chávez informou ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 11 de setembro, que a Venezuela iniciará formalmente o seu processo de saída da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
No domingo, 9 de setembro, uma jornalista do Sistema Nacional de Meios Públicos (SNMP) da Venezuela foi agredida por simpatizantes do candidato à presidência Henrique Capriles, oponente de Chávez nas eleições presidenciais que acontecerão em outubro no país, informou o site Agência Venezuelana de Noticias.
Funcionários da emissora venezuelana Globovisión pediram à Procuradoria Geral da Venezuela na terça-feira, 4 de setembro, o fim das "acusações infundadas" contra o canal após um dos funcionários ter supostamente se envolvido num tiroteio.
Na última terça-feira, 28 de agosto, uma equipe de reportagem do El Nacional foi detida por oficiais da Guarda Nacional enquanto seguiam para realizar a cobertura de um incêndio de grandes proporções em uma refinaria de Amuay, no estado de Falcón, informou o próprio jornal.
Em nota emitida na última sexta-feira, 24 de agosto, o Colégio Nacional de Periodistas (CNP) repudiou as agressões sofridas por uma equipe de reportagem da Globovisión durante a cobertura jornalística de uma crise penitenciária no sul de Caracas, capital venezuelana.
Três jornalistas e um fotógrafo foram detidos na quarta-feira, 15 de agosto, após cobrir um derramamento de petróleo no município Freites, no estado de Anzoátegui, na Venezuela, informou o site La Patilla.