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Organizações de imprensa manifestam preocupação com saúde do editor do jornal venezuelano Sexto Poder e pedem sua libertação

Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediram nesta terça-feira, 15 de novembro, a imediata libertação do editor do jornal Sexto Poder Leocenis García, preso preventivamente desde 30 de agosto e em greve de fome desde 9 de novembro.

As entidades manifestaram preocupação com a saúde do jornalista, que já está sem comer há 7 dias para reivindicar as devidas garantias processuais e o direito de permanecer em liberdade durante o processo judicial.

"Não podemos incentivar García a colocar sua saúde ou vida em risco e, portanto, insistimos que ele abandone esta greve de fome. No entanto, denunciamos com ele um processo absurdo e a utilização indevida da prisão preventiva contra um homem que se entregou às autoridades. A maneira como ele está sendo tratado desrespeita os mais elementares princípios legais, incluindo a presunção de inocência", declarou RSF.

O presidente da SIP, Milton Coleman, afirmou que "é lamentável que um jornalista deva empreender uma greve de fome para salientar o direito a expressar uma opinião sobre funcionários públicos". Segundo ele, "as decisões contra o Sexto Poder carregam o risco de gerar autocensura e privar o povo, em uma democracia, de expressar suas opiniões sobre os seus representantes. O povo e a imprensa, e não o governo, que devem decidir quando um comentário sobre o governo está fora dos limites".

Garcia foi preso após a divulgação de uma polêmica montagem que satirizava funcionárias da administração de Chávez, acusado de incitar o ódio, insultar autoridades e ofender as mulheres. O jornal Sexto Poder chegou a ficar proibido de circular, mas a justiça venezuelana revogou a decisão nove dias depois.

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