As reportagens a seguir são parte de um projeto da LatAm Journalism Review sobre segurança de jornalistas na América Latina e no Caribe financiado pelo Fundo de Defesa da Mídia Global da UNESCO. As reportagens enfocam a prevenção de agressões contra jornalistas no contexto de protestos e conflitos violentos; o desenvolvimento de mecanismos para proteger os jornalistas contra danos; e o julgamento de casos de violência contra jornalistas. Compilamos todas as histórias da série publicadas até agora nos links abaixo.
O grande aumento das manifestações, que às vezes se tornam violentas, exige garantias do Estado, mas também preparação de jornalistas latino-americanos que se encontram no meio dos confrontos. Quer seja cobrindo uma manifestação contra a corrupção na política, aumento da passagem de ônibus ou extração ilegal de madeira, o preparo para esse tipo de pauta pode envolver não apenas pesquisa sobre as pessoas e as questões envolvidas, mas também sobre como se proteger de uma potencial violência.
Jornalistas relatam casos de violência sofrida em protestos em 2021 na América Latina
Seja no México ou no Equador, como na Colômbia, Honduras ou Nicarágua, a cobertura da violência trouxe novos desafios para os jornalistas, porque o conceito tradicional de conflito armado está sendo desafiado na região. A diversidade dos grupos armados também significa ampliar a definição do termo. Não são apenas forças de segurança regulares, como exércitos ou polícia, e grupos paramilitares, como guerrilhas, mas também podem envolver traficantes de drogas, membros de gangues ou forças de segurança privada.
Como se manter seguro na cobertura de conflitos violentos na América Latina
Com o aumento da violência contra jornalistas na América Latina, vários países criaram mecanismos de proteção destinados a implementar medidas de segurança para jornalistas que denunciam ataques ou ameaças contra eles. Essa tendência se intensificou a partir de 2012, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou seu Plano de Ação para a Segurança de Jornalistas baseado nos “três Ps”: prevenção, proteção e prosseguimento.
Onda de ataques contra jornalistas desencadeia pedidos de mecanismo de proteção na Bolívia
Um plano de proteção para jornalistas na Guatemala que não sai do papel
Em toda a América Latina, os governos têm tentado diferentes modelos para investigar e processar os ataques contra jornalistas. É evidente que não existe um modelo unificado para criar um escritório para investigar e processar tais crimes. Alguns países têm promotores especiais, enquanto outros têm unidades de investigação. Além disso, os resultados de seus esforços são muitas vezes difíceis de ser rastreados, dizem os especialistas.
Esta série do nosso projeto sobre segurança do jornalista está em desenvolvimento e mais matérias serão postadas em breve.
Julgamento de crimes contra jornalistas na América Latina: a chave para acabar com a impunidade
Justiça para jornalistas da Guatemala: procuradoria arquiva mais denúncias do que leva a julgamento