Parlamentares do Peru lançam ataques variados para restringir a liberdade de imprensa, e associações jornalísticas resistem como podem. Polêmico projeto de lei pode fracassar no Congresso, mas outras iniciativas ameaçadoras permanecem em discussão, refletindo a deterioração das condições democráticas no país.
A prisão e o processo judicial do jornalista José Rubén Zamora levanta suspeitas de uma estratégia do governo guatemalteco para silenciar a imprensa e até mesmo opositores políticos em meio a uma campanha eleitoral inundada de alegações de corrupção, de acordo com análises de jornalistas e especialistas em direitos humanos.
Duas decisões da Corte Constitucional da Colômbia respaldam os pedidos de informação do jornalista Juan Pablo Barrientos à Igreja Católica relacionados a casos de pedofilia. Embora sua luta tenha estabelecido um precedente positivo para a liberdade de expressão, ela também lhe custou um desgaste judicial e pessoal.
O Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês) realizou o painel "Preso por informar: autoridades guatemaltecas atacam um jornalista de destaque" para discutir o caso do jornalista José Ruben Zamora, que em breve completará um mês de prisão. Participaram do painel Carmen Aristegui, Lucy Chay, Carlos Dada, José Zamora (filho) e Carlos Jornet.
Com um podcast, César Pérez Romero, filho de um dos diretores e proprietários do jornal El Universo do Equador, decidiu contar de uma perspectiva mais pessoal o que estava por trás do histórico caso do jornal contra o então presidente do país, Rafael Correa, em um dos momentos mais difíceis para a liberdade de expressão no Equador.
As emendas aprovadas este mês pela Assembleia Nacional cubana, que impedem o financiamento estrangeiro e preveem prisão por calúnia a funcionários públicos, fornecem ao regime cubano ferramentas legais para justificar seus ataques à cobertura jornalística independente.
A Justiça venezuelana entregou a sede do tradicional jornal independente El Nacional ao deputado e ex-presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, como parte da indenização civil milionária pelo julgamento de difamação contra o jornal e seus diretores. “É o patrimônio mais importante do jornal”, disse Miguel Henrique Otero, diretor do El Nacional, à LJR.
A jornalista investigativa peruana Paola Ugaz foi absolvida em um julgamento por difamação agravada. Desde 2018, Ugaz foi processada várias vezes por difamação com base em suas investigações sobre supostos abusos sexuais e psicológicos de menores e irregularidades financeiras da congregação católica Sodalicio de Vida Cristiana.
O jornalista peruano Christopher Acosta recebeu uma pena de prisão suspensa de dois anos em um julgamento por difamação agravada e crimes contra a honra. O denunciante é o empresário e ex-candidato presidencial César Acuña, em quem Acosta baseia sua investigação jornalística no livro "Plata como cancha".
Jornalistas de Honduras, El Salvador, Nicarágua e Venezuela falaram em um painel do webinar "Jornalismo em tempos de polarização e desinformação na América Latina". O painel explorou a liberdade de imprensa em países que enfrentam governos autoritários em ascensão e como eles estão sendo capazes de continuar fazendo jornalismo.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos considerou o Estado colombiano responsável pela violação de vários direitos da jornalista Jineth Bedoya Lima pelo sequestro, tortura e violência sexual de que ela foi vítima em 25 de maio de 2000
Em entrevista à LJR, Jonathan Bock, diretor executivo da FLIP na Colômbia, explica a importância da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso da jornalista Jineth Bedoya e suas implicações para a liberdade de expressão e as mulheres jornalistas na região.