Com o fim de uma acirrada disputa presidencial, durante a qual grupos de mídia apoiaram um dos candidatos, qual é o papel do jornalismo após a vitória do nacionalista Ollanta Humala nas eleições no Peru? O segundo turno foi realizado no domingo 5 de junho de 2011. Para o renomado jornalista Augusto Álvarez Rodrich, o jornalismo decente e independente precisa, agora, "fiscalizar, com rigor, o novo governo, incluindo o cumprimento de suas promessas... Não há cheque em branco, presidente eleito Ollanta Humala", escreveu no La República.
O escritor Mario Vargas Llosa cancelou sua coluna no jornal peruano El Comercio, em protesto ao que chamou de "manipulação de informações" durante a campanha eleitoral à Presidência, segundo a agência EFE. O grupo El Comercio, o mais importante do país, vem sendo criticado por apoiar a candidata Keiko Fujimori.
Organizações de imprensa denunciam que a modificação "apressada e parcial" da Lei de Regime Eleitoral não acabou com a proibição segundo a qual os veículos de comunicação podem ser punidos por divulgar ou opinar sobre as propostas dos candidatos, informou o Los Tiempos.
A uma semana do segundo turno das eleições presidenciais peruanas entre Keiko Fujimori e Ollanta Humala, um estudo de mídia elaborado pela organização não governamental Associação de Comunicadores Sociais Calandria concluiu que um bloco importante de imprensa peruana tem se posicionado em favor da candidata Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso por violações dos direitos humanos, informou a agência IPS.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) se disse preocupada com uma série de leis que poderiam limitar a liberdade de imprensa na Bolívia.
A imprensa da Bolívia aplaudiu a decisão do presidente Evo Morales de mandar modificar um artigo de lei que limitaria a liberdade de expressão. No entanto, os meios de comunicação também expressaram preocupação com outros artigos de leis e decretos que atentariam contra a liberdade de informação e de imprensa, enfatizando: muito precisa ser feito para que haja plena liberdade de expressão no país, informou a IFEX.
Dois repórteres foram agredidos por seguranças da candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori e outros dois jornalistas denunciaram ameaças de morte e censura. A menos de um mês do segundo turno da disputa, no dia 5 de junho de 2011, a tensão aumenta no país, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS) por meio da IFEX.
O diretor do jornal peruano La Primera, César Lévano, e o presidente de seu diretório, Arturo Belaúnde, receberam coroas de flores, numa ameaça de morte velada e "macabra", segundo o próprio diário. A menos de um mês do segundo turno das eleições presidenciais no país, o clima é tenso, informou o La República.
Os votos ainda estão sendo contados, mas o presidente equatoriano Rafael Correa declarou vitória em um referendo sobre questões que vão desde a proibição das touradas à criação de um grupo para regular os meios de comunicação, informou O Globo. Tanto o governo quanto a oposição têm sugerido que houve irregularidades durante a votação no sábado, 7 maio, de acordo com a imprensa local.
Um grupo de aproximadamente cem pessoas atacou violentamente o carro no qual estava o jornalista Jaime Althaus, do Canal N, que faz parte do grupo El Comercio, na sexta-feira 6 de maio de 2011, informou o Perú.com.
Diferentemente do México, onde dezenas de jornalistas foram assassinados na última década, na Venezuela os profissionais não enfrentam um clima permanente de risco de morte, mas sofrem pressão “sistemática” do governo, cujos simpatizantes são responsáveis por 28% das agressões contra a imprensa no país, denunciou o Instituto Imprensa e Sociedad (IPYS).
Pouco mais de uma semana após a demissão de dois jornalistas de TV peruanos por supostos motivos políticos, três repórteres da Rádio Líder deixaram seus empregos depois de serem pressionados a favorecer a candidata à Presidência Keiko Fujimori, informou o Terra.