O Globo destaca que cerca de 250 correspondentes internacionais vieram ao Brasil para acompanhar as eleições de 3 de outubro. O fato de uma mulher ter, pela primeira vez, as maiores chances de ser eleita presidente e o peso econômico do país no mundo são algumas razões do interesse crescente dos estrangeiros.
O acirramento da disputa eleitoral nos últimos dias provocou manifestos de diversos setores da sociedade sobre questões envolvendo a liberdade de expressão e o comportamento dos meios de comunicação, observa a revista Carta Capital.
Às vésperas das eleições para o Executivo e o Legislativo no Brasil, em 3 de outubro, entidades relacionadas à imprensa e à defesa da liberdade de expressão divulgaram documentos apontando ameaças a esse direito no país.
O grupo de comunicação Rádio França Internacional (RFI) saiu em defesa de sua correspondente em Caracas, a jornalista Andreína Flores, chamada de ignorante pelo presidente venezuelano Hugo Chávez e acusada por ele de querer manipular informações durante a conferência de imprensa, reportou o jornal El Universal.
Uma capa do jornal Extra, publicado no Rio de Janeiro pela Infoglobo, ganhou destaque na internet ao ironizar, de forma criativa, as críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito à imprensa brasileira.
Trinta policiais militares armados com fuzis tentaram impedir a distribuição da revista Veja este fim de semana no Estado do Tocantins, noticiou o jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog.
A coligação de Beto Richa, candidato ao governo do Paraná pelo PSDB, conseguiu liminares na Justiça Eleitoral para suspender a divulgação de pesquisas de intenção de votos do Vox Populi, solicitada pela Band; do Datafolha, encomendada pela Folha de S. Paulo; e do Ibope, pedida pela RPCTV, informaram o Terra e o iG. As pesquisas estavam devidamente registradas na Justiça Eleitoral e seguiam a mesma metodologia de outras divulgadas anteriormente, dizem os sites. As multas estipuladas em caso de descumprimento da decisão chegam a R$ 200 mil, informou A Gazeta do Povo.
Uma liminar do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins proíbe 84 meios de comunicação de divulgar notícias sobre uma investigação do Ministério Público de São Paulo envolvendo o governador do Tocantins e candidato à reeleição, Carlos Gaguim (PMDB), informou o jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog. A campanha de Gaguim fez uma representação na Justiça Eleitoral reclamando do uso de material jornalístico com fins políticos por um candidato adversário.
Representantes de centrais sindicais, entidades de jornalistas e movimentos sociais fizeram na quinta-feira, 23 de setembro, em São Paulo, um ato “Em defesa da democracia e contra o golpismo midiático” no Brasil, informou o G1. O evento reuniu cerca de 500 pessoas na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusar a imprensa brasileira de agir como partido político de oposição, centrais sindicais, alguns sindicatos, partidos governistas, movimentos sociais e blogueiros progressistas farão na quinta-feira, 23 de setembro, um “Ato contra o golpismo midiático”, na sede do Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo, informa O Globo.