As informações sobre o perfil dos jornalistas assassinados na última década nos quatro países da região com mecanismos de proteção deixam clara a necessidade de fortalecê-los. Os dados foram obtidos durante o desenvolvimento do projeto "Baixo Risco - Análise dos programas de proteção a jornalistas na América Latina" realizado pela RSF com apoio da Unesco.
Pelo menos sete jornalistas que trabalhavam na América Latina foram mortos em 2020 em represália por seu trabalho e mais dois durante uma missão perigosa, de acordo com dados de um relatório anual do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).
O site Reporteros de Investigación de Honduras tem como uma das suas principais linhas de trabalho investigar os assassinatos dos seus colegas, assim como outros obstáculos para a liberdade de imprensa no país.
Buenaventura Calderón, um apresentador de rádio que criticava autoridades locais, foi baleado e morto no leste de Honduras em 31 de outubro por indivíduos desconhecidos em uma moto.
Policiais entraram à força em uma emissora hondurenha para prender o diretor, um jornalista condenado a 10 anos de prisão por difamação.
O jornalista Gabriel Hernández foi assassinado no dia 17 de março no departamento de Valle, no sul de Honduras, segundo reportou a imprensa local.
Unidas não apenas por semelhanças geográficas e culturais, mas também pelo tipo de problemas que seus países enfrentam política, econômica e socialmente, sete organizações jornalísticas formaram a aliança Voces del Sur para sistematizar o monitoramento da liberdade de expressão em seus países.
Jornalistas hondurenhos relataram ter sido atacados por manifestantes, policiais e militares durante manifestações em Tegucigalpa, no 197o aniversário da independência do país.
A notícia de que Carlos Pastora, diretor-geral do Canal 10, na Nicarágua, buscou refúgio na embaixada hondurenha em Manágua, despertou rumores sobre a suposta perseguição do governo de Daniel Ortega contra o canal.
O Congresso Nacional de Honduras está discutindo a aprovação de uma lei que visa regular a atividade e o conteúdo na internet e impor obrigações aos administradores de sites.
Vários profissionais de comunicação em Honduras denunciaram o roubo de seus pertences, assim como perseguições e ameaças por parte das forças armadas do país, nos dias posteriores às controversas eleições presidenciais realizadas no país centro-americano, informou o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre, na sigla em espanhol) nesta terça-feira.
Um operador de câmera que relatou receber ameaças de morte foi morto no oeste de Honduras em 23 de outubro.