Em menos de quatro dias, dois jornalistas brasileiros receberam ameaças de morte por meio das redes sociais após publicarem reportagens críticas às Forças Armadas do país, do passado e do presente.
No Brasil, um dos dez países com maior índice de impunidade em crimes contra jornalistas em todo o mundo, três projetos de lei em tramitação no Congresso propõem endurecer o tratamento penal de autores de violência contra jornalistas e profissionais de imprensa.
"Fazer jornalismo investigativo na América Latina e em outros lugares do mundo tem duas partes: a primeira parte é sobre a própria investigação com todos os seus grandes desafios e a segunda parte, sobre a qual não se fala muito, é a defesa da investigação, e essa é quase tão complexa ou às vezes mais do que a própria investigação", disse o jornalista investigativo peruano Gustavo Gorriti ao Centro Knight.
Jornalistas e meios de comunicação de países que vivenciaram processos eleitorais como México, Brasil, Venezuela, Paraguai, Colômbia e El Salvador enfrentaram diversas situações de violência e censura em 2018.
Um jornalista mexicano que está sob proteção federal sobreviveu a um ataque a tiros no Estado de Oaxaca.
A deputada norte-americana Debbie Dingell, uma democrata do Estado de Michigan, apresentou um projeto de lei no Congresso para garantir ao jornalista mexicano Emilio Gutiérrez Soto um visto de imigração ou residência permanente nos EUA depois que seu pedido de asilo foi negado em fevereiro.
O jornalista Gabriel Hernández foi assassinado no dia 17 de março no departamento de Valle, no sul de Honduras, segundo reportou a imprensa local.
O jornalista e radialista Santiago Barroso foi assassinado na porta de sua casa, no Estado mexicano de Sonora, na noite de 15 de março.
Mulheres jornalistas são "duplamente suscetíveis a serem vítimas de violência" no continente americano, por exercerem seu direito à liberdade de expressão e por razões de gênero.
Um juiz de imigração dos Estados Unidos negou novamente asilo a um jornalista mexicano que fugiu de seu país há uma década por temer por sua vida.