Depois de quase uma semana de manifestações pacíficas em todo o país, o Peru, jornalistas também foram alvos.
O México viu um aumento da violência contra a mídia em apenas dez dias. Três jornalistas foram assassinados em diferentes estados, mais um está desaparecido e em vídeos postados na internet é possível ouvir tiros durante a cobertura de um protesto contra o feminicídio.
A jornalista cubana Camila Acosta teve que se mudar 10 vezes, entre março e outubro, substituir seu celular três vezes e foi detida até quatro vezes.
Relatórios especiais mostram o México não apenas como o país mais letal da América Latina para jornalistas, mas também como líder mundial nessa indesejável categoria. Junto com o Brasil, é também um dos piores países do mundo a conseguir condenações contra assassinos de jornalistas.
Organizações têm lançado cursos, treinamentos ou guias sobre o tema e, mais recentemente, passaram a dar atendimento personalizado e gratuito para mulheres jornalistas que sofrem assédio online.
A jornalista peruana Paola Ugaz enfrenta um novo processo por difamação agravada. Este é o incidente jurídico mais recente da jornalista em conexão com sua investigação jornalística sobre o Sodalício da Vida Cristã.
“O presidente quer destruir nossa credibilidade e está usando todas as ferramentas que o Estado lhe dá”, disse José Luis Sanz, diretor do El Faro.
A negligência com a saúde e a insegurança no trabalho estão entre as principais condições que contribuíram para uma maior exposição à infecção viral dos jornalistas latino-americanos falecidos, disse Distintas Latitudes.
Nos últimos anos, a UNESCO detectou um aumento nos casos de ataques, detenção e violência física contra jornalistas que cobrem manifestações. Entre 2015 e o primeiro semestre de 2020, 10 jornalistas perderam a vida durante essas coberturas.
Entre janeiro e junho de 2020, a iniciativa latino-americana Voces del Sur registrou 630 ataques contra a imprensa da região. Muitos deles aumentaram ou pioraram depois que a emergência de saúde foi declarada pelos governos.