Os assassinatos de 33 jornalistas e trabalhadores da imprensa nas Américas em 2016 mostram um aumento na censura e na corrupção nesses países, de acordo com o relatório anual do Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
De 2001 até o presente, 69 profissionais da imprensa em Honduras morreram em circunstâncias violentas e, em apenas seis desses casos, pessoas foram punidas pelos crimes. Ou seja, 91% das mortes permanecem impunes, segundo um relatório da Comissão Nacional de Direitos Humanos do país (CONADEH).
Maximino Rodríguez Palacios, também conhecido como Max Rodríguez, é o quarto jornalista assassinado no México em menos de dois meses.
Em 2016, 11 jornalistas foram mortos no México. Segundo o informe anual “Libertades en Resistencia” do Article 19, este foi o ano mais violento para jornalistas naquele país desde 2000. Article 19 é uma organização independente de direitos humanos que funciona em todo o mundo para promover o direito e a liberdade de expressão.
Foi confirmada a identidade de dois dos três suspeitos do assassinato da jornalista mexicana Miroslava Breach Velducea, informou o procurador-geral do estado de Chihuahua, César Augusto Peniche, segundo o jornal mexicano La Jornada.
A jornalista Miroslava Breach Velducea, de 54 anos, foi assassinada na manhã de 23 de março com ao menos quatro tiros na cabeça. A jornalista saia de casa em seu carro, na capital do estado de Chihuahua, no México, quando um grupo de desconhecidos se aproximou e começou a disparar, segundo o jornal Norte, da Ciudad Juárez.
Outro jornalista foi assassinado em Veracruz, no México.
Após um julgamento que durou uma semana, um júri de Oaxaca condenou o ex-comandante de polícia Jorge Armando Santiago Martínez pelo assassinato do jornalista Marcos Hernández Bautista, ocorrido em 2016, de acordo com um comunicado da Procuradoria Geral de Oaxaca do dia 4 de março. Ele foi sentenciado a 30 anos de prisão e será obrigado a pagar 178 mil pesos mexicanos (cerca de R$ 28 mil) por danos. O motivo não foi mencionado.
O jornalista e produtor audiovisual peruano José Yactayo, desaparecido desde o dia 25 de fevereiro, foi assassinado e esquartejado, segundo informou a Polícia Nacional do Peru, após confirmar no dia 2 de março a identidade dos restos humanos encontrados em uma zona rural nos arredores de Lima.
Foram 11 as vezes em que a jornalista colombiana Jineth Bedoya Lima testemunhou às autoridades de seu país sobre os crimes dos quais foi vítima em maio de 2000, que incluem sequestro, tortura e violência sexual.