Os meios de comunicação mais atingidos pela violência no México, que resultou na morte de pelo menos oito jornalistas este ano, são os das cidades do interior do país, observou a Inter Press Service (IPS).
O repórter Hugo Olivera Cartas foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 6 de julho, com três tiros. O corpo do jornalista foi encontrado dentro de seu veículo em uma estrada entre os municípios de Tepalcatepec e Aguililla, no estado de Michoacán, afirmou a agência Quadratín, onde Olivera trabalhava como colaborador.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) do México decidiu reestruturar a Promotoria Especial em Atenção a Crimes contra Jornalistas, que irá se concentrar agora em crimes contra jornalistas atacados por fazerem seu trabalho, relatou o El Universal e a EFE.
A jornalista Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, retransmissora do SBT em Pontes e Lacerda, a oeste de Cuiabá, foi agredida com um tapa na cara na manhã de segunda-feira, 28 de junho, pelo vereador Lorivaldo Rodrigues de Moraes (DEM), conhecido como Kirrarinha. As informações são do portal Midia News.
Profissionais dos meios de comunicação na Venezuela organizaram manifestações no Dia do Jornalista, no domingo, 27 de junho.
Luis Cáceres Velásquez, candidato a prefeito de Arequipa, no Peru, xingou com palavrões e deu um soco no rosto do radialista Huber Ocsa Llacasi, durante uma feira cultural. A agressão ocorreu depois que o radialista perguntou a Cáceres por que ele estava frequentando um evento para o qual não teria sido chamado, pois seu nome não constava na lista de convidados, informou o jornal Correo.
Luis Arturo Mondragón, diretor de notícias de um canal a cabo em Honduras, morreu na noite de segunda-feira após ser baleado por dois homens na cidade de El Paraíso, a leste da capital, informou a AFP.
Jornalistas e fotógrafos que participavam de uma visita turística para promover o Estado de Michoacán, ao Sul do México, foram sequestrados por três horas por indígenas armados com facões, informaram o jornal La Crónica de Hoy e a Associated Press (AP).
Dois guardas municipais e um terceiro homem foram indiciados no inquérito que investiga o sequestro e a tortura sofridos em 20 de maio pelo jornalista Gilvan Luiz Pereira, editor e dono do Jornal Sem Nome, de Juazeiro do Norte, no Ceará, informou o Diário do Nordeste.
A repórter Elisa Mejías e o fotógrafo Miguel Carrera, do jornal La Prensa, na cidade de Barquisimetro, morreram no fim de semana quando o carro em que estavam capotou ao ser perseguido de forma agressiva por outro veículo, numa suposta tentativa de roubo, informaram La Prensa e El Informador. Outros dois repórteres do mesmo jornal ficaram gravemente feridos.
O secretário de Governo do México, Fernando Gómez Mont, pediu mais responsabilidade à imprensa e afirmou que a violência no país é causada pelas informações difundidas pelos meios de comunicação, relataram os jornais El Universal e El Economista.
O jornalista Gilvan Luiz Pereira, 41, foi sequestrado e torturado por três homens encapuzados na noite de quinta-feira, 20, em Juazeiro do Norte, no Ceará, informou o jornal O Povo. Ele é dono e editor do jornal regional “Sem Nome”, que faz oposição à atual administração do município.