O assassinato do jornalista Francisco Javier Ortiz Franco, editor-chefe do semanário mexicano Zeta, há sete anos, foi encomendado por Javier Arellano Félix, então líder do chamado Cartel de Tijuana, organização criminosa que controla o narcotráfico na cidade na fronteira com os Estados Unidos, confessou um de seus membros.
A violência em Saltillo aumentou nos últimos meses, gerando novas situações de risco nas quais as redes sociais têm servido como válvulas de escape - diante do silêncio imposto pelos criminosos. Não é uma alternativa desejável, mas, diante da falta de garantias para o exercício do jornalismo em Coahuila [México], não houve remédio.
Reiterando informações de outras organizações sobre os riscos enfrentados pela imprensa latino-americana, a Anistia Internacional divulgou um novo relatório no qual lista a América Latina como a segunda região mais perigosa do mundo para jornalistas, informou a CNN. A Ásia é a área mais arriscada.
Em 2010, o número de ataques contra jornalistas e meios de comunicação caiu na Guatemala. Foram registrados 19 casos, contra 60 no ano anterior e 67 em 2008. Mas a agência Cerigua advertiu que a autocensura pode estar aumentando em regiões mais afetadas pela crescente violência ligada ao narcotráfico no país, informou o Prensa Libre.
Diante das ameaças e dos riscos diariamente enfrentados pelos jornalistas mexicanos por causa da violência que assola o país, diversas iniciativas têm surgido na intenção de protegê-los: coberturas em grupo dos temas mais quentes, coletes à prova de balas e até o silêncio sobre certos acontecimentos. A mais recente foi um acordo para unificar os critérios da cobertura da violência ligada ao narcotráfico.
A nova edição da ReVista, the Harvard Review of Latin America, é dedicada ao jornalismo na região e traz artigos assinados por renomados jornalistas sobre temas como os riscos da profissão no México, as possibilidades das novas tecnologias digitais, censura e ameaças à liberdade de expressão.
Milhares de pessoas protestaram nas ruas das principais cidades mexicanas contra a onda de violência relacionada ao tráfico de drogas que, desde 2006, já deixou mais de 35 mil mortos. As manifestações foram organizadas pelo jornalistas e escritor Javier Sicilla, cujo filho foi uma das sete pessoas assassinadas nesta semana na cidade de Cuernavaca, informaram o Mileno e a CDN.
O Colégio Nacional de Jornalistas (CNP) da Venezuela condenou a agressão contra uma equipe de jornalistas do partido Primero Justicia por cerca 40 supostos funcionários da estatal de petróleo PDVSA, informou o El Nacional.
Jornalistas da violenta Ciudad Juárez, no México, e de Managua, capital da Nicarágua, relataram ter sido agredidos por policiais no exercício das suas funções profissionais.
Um jornalista colombiano foi atingido por duas bombas de gás lacrimogêneo quando cobria protestos de estudantes na Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá, enquanto dois diretores regionais de mídia foram ameaçados de morte, informou o site Periodistas en Español.